Água: Barragem do Crato e reforço de Alqueva ao Monte da Rocha criam situação de privilégio.


A ministra do Ambiente e Energia, participou no coloquio sobre “O desafio da água para a agricultura nacional” no âmbito da Ovibeja, onde abordou projetos considerados “privilegiados para o Alentejo”, em termos das reservas de água.

Antes de se debruçar sobre aquelas que serão as apostas do Governo para a região, Maria da Graça Carvalho, natural de Beja, ouviu José Núncio, presidente da Fenareg, usar uma expressão muito em voga: “a senhora ministra é uma rural como nós”.

A governante começou por se referir ao trabalho do Governo dizendo que “é preciso marcar uma diferença política relativamente aos últimos”, anunciando depois a estratégia para o Alentejo que passam “pelas barragens do Crato/Pisão, Monte da Rocha (Ourique)” e Santa Clara (Odemira), concluiu.

“A barragem do Crato/Pisão é um projeto complexo, candidatado ao Plano de Resolução e Resiliência (PRR), com três vertentes: reserva de água, rega e parque fotovoltaico. Como o PRR está muito atrasado vamos procurar recuperar tempo para que o financiamento seja uma realidade” justificou a ministra.

Por outro lado, Santa Clara e o Monte da Rocha estão encadeadas com Alqueva, justificando Graça Carvalho “que é necessário o reforço entre Alqueva, Rocha e Santa Clara para manter a situação de privilégio do Alentejo, exceção feita ao Litoral”, concretizou.

Uma situação que preocupa a responsável da pasta do Ambiente e da Energia é o grande investimento na área do hidrogénio, que necessita de muita água para se desenvolver. “Não descartamos pedir ajuda às grandes empresas que vão operar no sector, para criar uma dessalinizadora em Sines”, disse a ministra que justificou com o facto de “resolver os problemas da água na zona e seria uma excelente solução para as empresas produtoras de hidrogénio”, rematou.

Graça Carvalho não “abanou a árvore das patacas” na conversa com os agricultores e assegurou: “não venho fazer promessas de grandes obras. É preciso não desperdiçar oportunidades de melhorar o existente e tornar mais eficaz”, disse.

Teixeira Correia

(jornalista)


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