A descarga que foi feita para a Ribeira do Roxo, está a ser investigada pela APA e NPA da GNR de Aljustrel mas ainda não foi possível identificar a origem destas possíveis descargas. Almina não respondeu ao Lidador Notícias.
Tal como o Lidador Notícias (LN) revelou na passada segunda-feira, o leito da ribeira, próximo da aldeia de Jungeiros, no concelho de Aljustrel, uma denúncia dava conta que “há alguns dias que a água da ribeira está branca e apresenta um cheio característico de ovos podres (enxofre)”, apontando para uma descarga ilegal.
A GNR fez de imediato deslocar uma equipa do Núcleo de Proteção Ambiental de Aljustrel “para averiguar a situação e tomar as medidas tidas por adequadas”, disse na altura fonte do Gabinete de Comunicação do Comando de Beja.
O LN questionou a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) sobre se tinha conhecimento da situação e que medidas tinham sido tomadas, tendo a APA justificado que “através da sua ARH do Alentejo, foi alertada para esta situação, através de uma comunicação do Núcleo de Proteção Ambiental de Aljustrel, do SEPNA/GNR, recebida cerca das 17h00 do dia 17 de maio, relacionada com denúncia de descargas de águas turvas na ribeira do Roxo (concelho de Aljustrel)”, justificando que os elementos da força de segurança constataram “a existência de águas turvas, com coloração esbranquiçada e forte odor a esgoto, em alguns troços da ribeira do Roxo (próximo de Jungeiros), do barranco de rio de Moinhos, onde o caudal destas linhas de água era mais lento”, concluíram.
“Não obstante as diligências tomadas, não foi possível identificar a origem destas possíveis descargas, quer pontuais, quer difusas, eventualmente ligadas a movimentação de máquinas agrícolas ou aplicação de produtos químicos”, concluiu a APA.
Por seu turno a GNR justificou que nos últimos tempos “esta foi a quarta situação de possíveis descargas detetadas naquele leito de água”, remataram.
Por mail, foram colocadas questões à administração da Almina, empresa proprietária das minas de Aljustrel, para tentar perceber se terá ocorrido algum problema com a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), mas até ao dia de hoje não foi recebida qualquer resposta.
Teixeira Correia
(jornalista)