A Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA) ainda não faturou os consumos de água referentes ao quarto trimestre de 2022. Agricultores estranham. EDIA diz que está em processamento.
Um grupo de agricultores, regantes de Alqueva, mostrou-se preocupado com o facto da EDIA não ter ainda fechado a faturação de 2022, tendo ao Lidador Notícias (LN) mostrando “preocupação com a possibilidade dessa água vir a ser taxada com os novos preços a aplicar pela empresa em 2023”.
O LN questionou a EDIA sobre as razões de não terem sido faturados os consumos de água do último triste, tendo respondido que a empresa “tem definidos quatro períodos de faturação anuais, efetuados nos meses de abril, julho, outubro e fevereiro após apuramento dos consumos de cada um dos trimestres. Assim, de acordo com o previsto em regulamento, a faturação referente ao último trimestre de 2022 está, neste momento, em emissão”, justificaram.
Quando questionada sobre se poderiam esses consumos ser faturados com os novos preços, foi justificado que “os consumos em causa, apesar de serem faturados em fevereiro de 2023, dizem respeito ao último trimestre de 2022 pelo que o tarifário em vigor é de 2022”, concluíram.
É sabido que tendo verbas por liquidar da campanha anterior, a EDIA não renova os contratos para a presente campanha. Face ainda não terem sido pagos os consumos do último trimestre de 2022, foi questionado se “foram os contratos de 2023 renovados ou está a EDIA a fornecer a água sem existirem contratos ?”.
A EDIA justificou que “apenas realiza inscrições mediante a existência de não divida do cliente à data da inscrição. As faturas do último trimestre de 2022 estão a ser emitidas, estando o período de inscrições a decorrer dentro da normalidade, ou seja, considerando a inscrição e consequente abertura da boca de rega somente a clientes que não tenham divida referente a faturações já vencidas”, esclarecendo que as inscrições decorram em períodos específicos, nomeadamente: “até ao final de março para culturas permanentes, até 15 de maio para culturas temporárias de primavera/verão e nos meses de outubro e novembro para culturas temporárias de outono/inverno”, remataram.
Teixeira Correia
(jornalista)
