Beja: 40 anos depois Marcelo regressa à cidade e ao Pax-Júlia


António Guterres deu um “não definitivo”, garante Marcelo Rebelo de Sousa em Beja, numa declaração à margem das comemorações dos 40 anos do PSD.

BEJA- Marcelo 40 anos_800x800Quarenta anos depois de ter andado fugido pelos telhados dos prédios anexos à sede do PSD, em Beja, para fugir à fúria dos militantes do Partido de Unidade Popular (PUP),o antigo presidente dos sociais-democratas, voltou à cidade e ao Teatro Pax-Júlia para comemorar o 40º aniversário do partido.

Antes do evento, que incluía um espectáculo musical, Marcelo jantou na Adega 25 de Abril e foi efusivamente saudado pelos muitos presentes na sala que não pertenciam à comitiva “laranja”.

Quando questionado sobre o que mudou 40 anos depois, Marcelo atirou “olhe o tempo. Nessa noite chuvia muito e fazia frio, esta noite está muito agradável e primaveril”, atirou

“Este é um não definitivo. Conheço o António Guterres desde o tempo em que andávamos em movimentos católicos e quando que é não, é porque é não”, foram as primeiras palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, em Beja, à margem da participação nas comemorações dos 40 anos do PSD.

“Um analista não tem planos, analisa e era um cenário muito plausível que António Guterres não fosse candidato a Presidente da República. Ele há muito que deu a entender isso”, justificou o comentador da TVI, à entrada do Teatro Pax-Júlia.

“Esta posição não altera o meu pensamento. Não há nenhuma razão para haver uma corrida para a frente, sobre candidaturas. Pinto Balsemão confirmou hoje essa minha opinião”, justificou o professor.

Sobre o facto de Morais Sarmento ter dito também hoje que o anúncio das candidaturas presidências “só deveriam acontecer em junho”, Marcelo Rebelo de Sousa atirou: “é uma opinião ao contrário da minha”, lembrado que as mesmas só “fazem sentido” depois das eleições legislativas.

Questionado sobre se pondera ser candidato, o comentador justificou que “quem pondera só deve fazer a partir de outubro”, justificando que ponderar esse assunto nesta altura “faz muito mal à cabeça”, rematou.

“Genericamente é cedo tratar das presidências”, lembrando que quem governa é o Governo e não Presidente, acrescentando que “a grande questão deste ano”, é a escolha do partido que vai governa Portugal, que antes de concluir deixou o aviso de que “não sabemos o que se vai passar com a Grécia”, concluiu.

Teixeira Correia

(jornalista)


Share This Post On
468x60.jpg