A ASAE instaurou um processo-crime contra o Centro Social do Bairro da Esperança “por suspeitas de se encontrarem anormais avariados” os produtos utilizados na confecção das refeições que estiveram na origem do intoxicação alimentar nas cinco escolas do concelho.
Comunicado da ASAE: Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, no âmbito das suas competências, através da sua Unidade Regional do Sul – Unidade Operacional de Évora, deslocou-se a Beja, no final da última terça-feira, imediatamente após ter sido acionada pelos canais próprios de alerta e de emergência, em estreita articulação com as autoridades de saúde locais, face à hospitalização de 70 crianças no Centro Hospitalar de Beja, as quais evidenciavam sintomas de natureza infeciosa ou tóxica, potencialmente causados pelo consumo de alimentos.
(Nota da Redação: A Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) reafirma que foram 42 os utentes, 36 crianças e 6 adultos) que compareceram no Hospital Joaquim Fernandes em Beja e não Centro Hospitalar de Beja, na tarde de terça-feira).
Em resultado da ação desta inspeção, apurou-se que a origem estava centralizada num centro cultural e social que procedia ao fornecimento das refeições em 5 escolas dos Agrupamentos de Escolas números 1 e 2 de Beja. Assim, em estreita articulação com os serviços do Ministério Público territorialmente competentes, foram realizadas diversas diligências investigatórias, atinentes à descoberta da causa da toxinfeção alimentar, mediante recolha de prova e indÃcios microbiológicos.
Das diligências resultou a instauração de um processo-crime, por Corrupção de Substâncias Alimentares ou Medicinais, e a apreensão de vários géneros alimentÃcios – 240 ovos (com validade expirada) e 40 Kg de produtos alimentares -, por suspeitas de se encontrarem anormais avariados, bem como, na recolha de 8 amostras dos alimentos ali confecionados e constantes da ementa semanal, as quais serão alvo de análise pelo Laboratório de Segurança alimentar da ASAE.