Um bolo-rei gigante, com 50 metros de comprimento, maior do que a Torre de Menagem do Castelo, que tem 40 metros, marca hoje as celebrações do Dia de Reis, englobado no programa “É Natal em Beja”, promovido desde o passado mês de dezembro pelo Município.
O bolo, que pelo segundo ano consecutivo tem meia centena de metros, começa a ser partido às 15,00 horas, nas Portas de Mértola, principal artéria da cidade e será oferecido a toda a população, podendo ser degustado por 1500 pessoas.
A iniciativa, que vai na quinta edição, foi organizada pela primeira vez em 2018 com o objetivo de homenagear a Torre de Menagem, é promovida pela Câmara Municipal de Beja e pela Pastelaria Luiz da Rocha, que no próximo mês de maio celebra 132 anos de existência.
A esmagadora maioria das quatro dezenas de trabalhadores da pastelaria responsável pelos tradicionais Porquinhos de Doce, um açucarado conventual de Beja e do Luís da Rocha, ajudam na confeção do bolo, que será feito em 150 troços, com cerca de 1,2 quilos, 33,5 centímetros de comprimento e 15 de largura cada um, o que lhe dá um peso total de 150 quilos e os referidos 50 metros de comprimento.
Na confeção do bolo-rei gigante vão ser utilizados 62 quilos de farinha, 14 quilos de açúcar, 14 quilos de manteiga, 30 quilos de fruta em calda para decorar, 160 ovos, 8 quilos de levedura (fermento), 9 litros de leite, 7 litros de vinho do Porto e 7 quilos de frutos secos (pinhão, nozes, passas de uva, sultanas e caju).
Na principal artéria pedonal da cidade, o Dia de Reis é assinalado com música e o tradicional bailarico com músico popular portuguesa, seguindo-se o Grande Sorteio de Natal, que vai premiar 20 cidadãos que fizeram compras na época natalícia no comércio local, que receberão cabazes de natal e vouchers para usar em hotéis ou voos em balão de ar quente.
As celebrações do “É Natal em Beja”, terminam ao final da noite de hoje, quando forem desligadas as iluminações de Natal, prometendo a autarquia que vão voltar em dezembro de 2025.
Poeta e cante alentejano “imortalizam” o Castelo de Beja
O poeta bejense Mário Beirão (1890-1965) escreveu o poema Castelo de Beja, colocado num pináculo em mármore, junto à porta principal do monumento, que depois de adaptado, passou a ser uma moda do cante alentejano, interpretado por quase todos os grupos da região: Castelo de Beja, Subindo lá vais. Tu metes inveja, Castelo de Beja, Às águias reais … Às águias reais, Tu metes inveja. Subindo lá vais, Subindo lá vais, Castelo de Beja.
Teixeira Correia
(jornalista)