Beja: Caso de Joaquim Bexiga, chega a “reboque” do Lidador Notícias à Assembleia da República.


Joaquim Bexiga é um doente que internado está há 10 meses internado no Hospital de Évora e tem alta clínica há quatro meses. A “reboque” do Lidador Notícias o caso chegou à Assembleia da República.

À “boleia” da notícia do Lidador Notícias (LN) do passado dia 8 de maio, João Dias, deputado do PCP na Assembleia da República, eleito pelo distrito de Beja, enviou na terça-feira ao Ministério da Saúde, um conjunto de questões, o doente que há mais de quatro meses tem alta clínica do Hospital de Évora e lá continua internado.

Pelo meio a Administração Regional de Saúde do Alentejo (ARSA) admitiu ao nosso jornal que o doente “apresenta uma situação clínica complexa”, assumindo que “o senhor só irá para o seu domicílio, quando estiver garantida a totalidade da continuidade da prestação de cuidados”, não garantindo qualquer data para que tal aconteça.

Recorde-se que no passado dia 8 de maio, o LN divulgou o caso de Joaquim Bexiga, um doente a quem foi diagnosticada uma Obstrução Intestinal Não Especificada e sujeito a uma intervenção, continua internado no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE), apesar ter alta médica há mais de 4 meses, aguardando que a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) assuma que seja transferido para a sua residência, em Beja.

Depois das explicações do HESE e da ULSBA, contactámos o Ministério da Saúde que remeteu qualquer resposta para a ARSA, que na sequência das questões formuladas, sobre a formação dos técnicos da unidade de saúde de Beja, entrou também em contradição. Numa primeira resposta a ARSA referiu que se “iniciou o processo de reuniões entre os técnicos” das unidades de saúde para “a formação específica”. Depois do LN justificar que a formação por parte do HESE “há vários meses que foi feita”, a ARSA voltou atrás e reconheceu que a mesma “já foi concluída”, mas não garante quando pode Joaquim Bexiga ser transferido para a sua residência.

O LN solicitou à Administração Regional de Saúde do Alentejo uma explicação sobre o custo diário com a alimentação deste tipo de doentes, tendo-nos sido respondido que o mesmo “é de cerca de 100 euros, nunca se tendo verificado qualquer problema relacionado com essa matéria”, remataram.

Quando questionada sobre se iria ser aberto algum inquérito para apurar responsabilidades da Direção Clínica do Hospital de Beja a ARSA, justifica que “nunca este em causa qualquer falta de responsabilidade por parte das entidades evolvidas, estando a ser tomadas as medidas adequadas”, sem quantificar quais.

Teixeira Correia

(jornalista)


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