Beja: CDS questiona tutela sobre falta de obstetra no Hospital José Joaquim Fernandes.
Deputados do CDS-PP querem que a Ministra confirme que durante pelo menos 12 horas, entre as 08h00 e as 20h00 de dia 6 de janeiro p.p., não esteve escalado nenhum especialista em obstetrícia.
Os deputados do CDS-PP Patrícia Fonseca e João Rebelo questionaram a Ministra da Saúde sobre quais os motivos que levaram a que, no serviço de urgência do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, não houvesse nenhum obstetra, levando a que pelo menos duas grávidas em fim de tempo tivessem que recorrer ao Hospital do Espírito Santo, em Évora, pelos seus próprios meios, o que implica fazer cerca de 100 km sem qualquer tipo de assistência médica ou de enfermagem.
Na pergunta enviada à tutela, os deputados do CDS-PP querem que a Ministra confirme que durante pelo menos 12 horas, entre as 08h00 e as 20h00 de dia 6 de janeiro p.p., não esteve escalado nenhum especialista em obstetrícia no serviço de urgência do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, e quais os motivos que levaram a esta situação.
Perguntam depois que medidas estão a ser tomadas para resolver esta situação e para impedir que se repita e para quando a contratação de mais especialistas em obstetrícia para o Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja.
Finalmente, os deputados do CDS-PP querem saber se a Ministra está em condições de garantir que estão a ser assegurados o acesso à saúde e a qualidade da prestação de cuidados de saúde à população servida pelo Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja.
Na semana passada a falta de um obstetra no serviço de urgência do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, levou a que pelo menos duas grávidas em fim de tempo tivessem que recorrer ao Hospital do Espírito Santo, em Évora, pelos seus próprios meios, o que implica fazer cerca de 100 km sem qualquer tipo de assistência médica ou de enfermagem.
De acordo com relatos chegados ao Grupo Parlamentar do CDS-PP, esta situação ter-se-á prolongado durante, pelos menos, 12 horas, entre as 08h00 e as 20h00 do dia 6 de janeiro p.p..
Posteriores notícias veiculadas na comunicação social dão conta de que na origem do problema estará o facto de a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo não ter conseguido escalar um segundo médico especialista em Obstetrícia e Ginecologia, para ficar responsável pelo atendimento em urgência, já que o especialista inicialmente escalado não pode assegurar o serviço por imperativo familiar.
Ainda segundo o que foi veiculado, para além de não terem sido aceites as inscrições das duas mulheres que se deslocaram à urgências naquele período, também não terá sido feito sequer qualquer tipo de pré-atendimento de modo a verificar o seu estado de saúde e dos respetivos bebés, tendo apenas sido comunicado às grávidas e familiares que teriam de se deslocar, pelos seus próprios meios, à unidade hospitalar mais próxima, neste caso, o Hospital do Espírito Santo, em Évora, a cerca de 100 km.
Apesar de se referir que a falta de obstetra no serviço de urgência se verificou entre as 08h00 e as 20h00, o médico que entrou no turno da noite estava escalado para o internamento, pelo que essa ausência pode ter-se prolongado por mais horas.
A ser verdade, o CDS-PP encara estes factos com preocupação, considerando ser absolutamente necessário e prioritário assegurar tanto o acesso à saúde, como a qualidade da prestação de cuidados de saúde à população.