Beja: Cidadão cabo-verdiano preso e julgado a terceira vez por tráfico de droga.


Um cidadão cabo-verdiano, de 30 anos, “dono” de um largo cadastro pelo tráfico de estupefacientes, começou a ser julgado pelo mesmo crime, no que é reincidente.

José Brito, tem passado desde 2011, os seus dias divididos entre os Estabelecimentos Prisionais de Beja e Setúbal e arrisca passar a próxima década preso.

O arguido foi condenado pelo Tribunal de Beja a uma pena de 4 anos e 8 meses pela prática de um crime de tráfico de estupefacientes e a mais 3 anos e 6 meses pelo Tribunal de Setúbal, pelo mesmo crime, cuja pena ainda não transitou em julgado.

Por este último processo estava em prisão preventiva e foi restituído à liberdade e poucos dias depois voltou a ser preso em Beja.

O individuo com residência em Almada, foi intercetado no 28 de março, no IP2, junto ao Regimento de Infantaria, em Beja, conduzindo uma viatura, que os militares da GNR verificaram não ter inspeção periódica obrigatória.

Ao perceber que fora mandado parar, atirou pela janela um saco contendo um pó branco, com 19,417 gramas, que depois de analisado, revelou ser heroína. Após uma revista, foram encontrados na sua posse 185 euros e ainda dois telemóveis.

No início da primeira sessão do julgamento, José Brito manteve-se em silêncio, que veio a quebrar depois de ouvir o depoimento dos militares da GNR, dizendo ao Coletivo de Juízes que “aquilo”, referindo-se à heroína, “foram eles que arranjam”, sustentando que houve intenção dos agentes da autoridade em o incriminar.

O cabo-verdiano ainda procurou justificar que vinha do Algarve, para ir para Almada e que a viagem por Beja era para “arranjar trabalho”. Depois de consultar os autos a juíza recordou ao arguido que “a última vez que trabalho em Beja, foi a vender droga. Foi preso e condenado”, concluiu.

Teixeira Correia

(jornalista)


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