Beja/ Cuba: Ministério Público pede pena efetiva de cadeia para arguidos dos dois crimes de homicÃdio, de forma tentada.
O Procurador do Ministério Público (MP) pede “pena de prisão efetiva”, sem explicitar quantos anos, para os dois arguidos do duplo homicÃdio qualificado, de forma tentada, ocorrido num monte perto de Cuba, na noite do passado dia 2 fevereiro.
António Marcante, defendeu que os dois homens agiram em conjunto e que a prova feita em tribunal sustenta ambos tinham sentimentos de vingança em vÃtimas diferentes.
Sem especificar os anos de clausura, o Procurador defendeu “a prisão efectiva” de António Lopes, 44 anos, e LuÃs Raposo, 30 anos, acusados da prática em co-autoria de dois crimes de homicÃdio qualificado de forma tentada. Lopes é ainda acusado de um crime de violência doméstica e Raposo de um crime de violação de proibição.
O caso aconteceu na noite de 2 de fevereiro do corrente ano, no Monte do Acácio, a cerca de 4 quilómetros de Cuba, quando o ex-companheiro (António Lopes) de Elsa Bautista, 28 anos, esfaqueou esta, depois de primeiro ter atacado o homem com quem ela vivia, António Raposo, 41 anos (irmão de LuÃs Raposo).
Ainda que ninguém o tenha assumido, apesar da insistência do Coletivo de JuÃzes e do Procurador do Ministério Público, uma trilogia passional ou relações amorosas cruzadas, envolvendo cinco pessoas, as vÃtimas, os arguidos e a mulher de um destes, estarão na origem das tentativas de homicÃdio do homem e da mulher, segundo os depoimentos produzidos no Tribunal de Beja.
LuÃs Raposo terá descoberto que o seu irmão (António Raposo) se envolveu com a mulher e sabedor de que António Lopes procurava a ex-companheira (Elsa Bautista) para se vingar de esta o ter deixado, terão sidos as motivações para que os arguidos se tivessem aliado levar a cabo os crimes.
Nas alegações finais, os advogados dos arguidos divergentes. A defensora de António Lopes, defende a absolvição do seu cliente no que diz respeito ao crimes de violência doméstica e de homicÃdio de forma tentada de António Raposo, assumindo que no caso da ex-companheiro o arguido confirmou que a “chinou”, feriu-a com uma faca, mas que foi o outro arguido que esteve “por trás do crime”.
Quanto a LuÃs Raposo, a sua advogada justificou que “não houve acordo” entre os dois arguidos, procurando desmontar a acusação de “co-autoria”, defendendo que o mesmo deve ser absolvido. A causÃdica deixou “passar em claro” (sem falar), a acusação de de violação de proibição, já que LuÃs, na data dos crimes, estava proibido pelo tribunal de conduzir qualquer viatura.
António Raposo, está em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional Regional de Beja desde a tarde de 3 de fevereiro, dia seguinte a terem sido cometidos os crimes, enquanto que LuÃs Raposo, deu entrada na prisão mais de nove meses e meio depois dos fatos e uma semana após o inÃcio do julgamento, depois do depoismento da primeira das três companheiras que já teve.
A leitura do acórdão está marcado para a próxima semana no Tribunal da Comarca de Beja.
Teixeira Correia
(jornalista