Beja: Dois hospitais privados, um clinico e outro veterinário vão nascer em 2020.
Dois hospitais privados, um clínico e outro veterinário, deverão nascer em Beja a partir de 2020, tendo a autarquia vendido três lotes de terreno, com um total superior a 2.725 hectares, por 356 mil euros e que poderão criar entre 170 e 270 postos de trabalho.
No primeiro caso trata-se de um investimento entre 16 a 25 milhões de euros, que prevê a criação de 150 a 250 postos de trabalho, protagonizado pela ALT-Hospital Privado do Alentejo.
Trata-se de um projeto de um grupo empresarial com diversos investidores, entre os quais estão administradores do Grupo HPA Saúde, proprietário de hospitais e clínicas particulares no Algarve, Alentejo Litoral e Madeira.
O hospital cuja escritura deverá ser feita até ao final do corrente ano, vai ser construído num terreno com mais de 22 mil metros quadrados, que a autarquia vendeu por 301.000 euros e que situa junto ao campo de futebol do Bairro da Conceição (na foto), na entrada Este da cidade, na ligação Espanha/Serpa a Beja. No início de 2020 o projeto do hospital clínico privado vai dar entrada na Divisão de Administração Urbanística (DAU) da Câmara municipal.
Por outro lado o hospital veterinário, é um projeto da Animália-Hospital Veterinário do Baixo Alentejo, que já existe em Beja desde 2005 e que se quer expandir, tendo para isso adquirido à autarquia dois lotes de terreno com 1.367 metros quadrados, por 55 mil euros e pode vir a criar cerca de duas dezenas de postos de trabalho, num investimento de 700 mil euros.
Este projeto vai ficar localizado no Bairro Social, a cerca de 500 metros do hospital da cidade, tendo já sido feita a escritura do terreno e o projeto dado entrada na DAU, aguardando a empresa a publicação dos avisos da abertura de fundos comunitários, através do Alentejo 2020, pra candidatar a obra.
Estes são dois dos investimentos que a Câmara Municipal de Beja deu a conhecer com a atribuição/venda de 26 lotes de terreno, a sua maioria na Zona de Acolhimento Empresarial Norte (ZAEN), de que resultarão investimentos que poderão atingir 70 milhões de uros e criar mais de quatro centenas e meia de postos de trabalho.
Na ZAEN, a edilidade têm 28 lotes de terreno, tendo já atribuído 22 lotes, 2º na fase 1 e 1 na fase dois tendo sido colocados a concurso público os restantes seis. Da primeira fase as empresas a instalar deverão investir cerca de 44 milhões de euros e criar cerca de 200 postos de trabalho.
Durante uma conferência de imprensa promovida pela edilidade ficou a saber-se que está a decorrer a empreitada de criação de novos arruamentos e requalificação dos atuais, além da construção de infraestruturas da ZAEN, num investimento de 1,9 milhões de euros, 1,6 milhões dos quais de fundos comunitários e o restante da responsabilidade da autarquia e das empresas beneficiadas.
Paulo Arsénio, presidente da Câmara de Beja, justificou que “olha o futuro com otimismo e com a dinâmica empresarial criada”, acrescentando que gostaria de ter “investimentos de maior dimensão. Todos os municípios gostariam de ter a sua AutoEuropa ou Embraer, mas estamos motivados”, concluiu o autarca.
Teixeira Correia
(jornalista)