Os 600 litros do “Ouro Verde” furtados no Banco Alimentar de Beja foram “despachados” através de recetadores nas zonas do Montijo e Portimão. Um dos suspeitos do furto tinha somente 9 litros na sua habitação.
A PSP identificou quatro pessoas, com idades entre os 20 e os 62 anos, por suspeitas da prática dos crimes de furto e recetação de 600 litros de azeite, no valor de cinco mil euros, do armazém do Banco Alimentar Contra a Fome de Beja (BAB), ocorrido no passado dia 20 de janeiro.
De acordo com o comunicado do Comando Distrital de Beja da PSP, as equipas da Esquadra de Investigação Criminal “realizaram buscas em casa de um dos suspeitos, tendo apreendido garrafões de azeite para consumo” e os restantes vendidos em localidades a sul do Tejo. Aquando das buscas, os agentes da PSP encontraram 9 litros de azeite, parte ainda nos garrafões originais e outra parte dissimulado em garrafões de água.
Segundo apurou o Lidador Notícias (LN), os suspeitos são quatro pessoas da mesma família, sendo que dois estiveram diretamente envolvidos no furto e os outros dois na recetação e venda a terceiros, que ocorreram na zona do Montijo e Portimão.
Na página de facebook, o responsável do Banco Alimentar, Tadeu de Freitas, deixou um recado: “para que fique claro, e em resposta aqueles que rapidamente acusaram de forma totalmente leviana, a PSP com o seu excelente trabalho de investigação e em tempos recorde identificou os indivíduos que efetuaram o roubo no Banco Alimentar de Beja. Um obrigado á PSP pelo excelente trabalho”, justificou.
Recorde-se, tal como o LN revelou no dia, poucos minutos após as equipas da Investigação Criminal da PSP terem chegado ao armazém, o furto ocorreu na madrugada de 20 de janeiro, tendo os autores do furto arrombado o portão das traseiras do espaço, que ainda não tem sistema de alarme montado, e levaram todos os garrafões de 2 e 3 litros do “Ouro Verde”, no total de 600 litros, que tinham sido oferecidos ao BAB por empresas do concelho ligadas ao sector da olivicultura.
O armazém do BAC fica localizado na rua da Lavoura, uma artéria paralela e próxima da Estação Ferroviária, em Beja, sendo que a traseira do espaço dá para as linhas de caminho de ferro, sem qualquer tipo de iluminação, com várias habitações contíguas ao mesmo. Na data do furto, o armazém ainda não tinha alarme, nem câmaras de videovigilância instaladas, já que o mesmo pertence à Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL), que foi cedido em regime de comodato ao Banco Alimentar e estava a ser ocupado desde o final do ano passado.
A PSP, vai continuar a fazer diligências para identificar outras pessoas envolvidas, em particular os recetadores do azeite que foi vendido nas duas localidades fora da zona de Beja.
Teixeira Correia
(jornalista)