Beja: Instituto Politécnico “um jovem investigador” com 38 anos.
Realizou-se ontem a Cerimónia de Comemoração do Dia do Instituto Politécnico de Beja e Abertura Solene do Ano Académico e os discursos foram virados para a importância da instituição e o eu valor acrescentado na investigação.
Trinta e oito anos após a sua criação, o Instituto Politécnico de Beja (IPBeja) continua a ser apontado e definido como uma das instituições mais importantes da região, com as suas quatro Escola Superiores, com cerca de 2.500 alunos, 250 docentes e 140 funcionários não docentes e que necessita de “reavaliar a ação formativa”, onde encaixa “a capacidade na área da investigação”.
FRASES FORTES- Mário Lopes, provedor do Estudante do IPBeja: “Além das palavras e promessas, são importantes as atitudes”, Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal de Beja: “vai abrir-se um novo tempo na Câmara Municipal e no Instituto Politécnico”, Ana Escoval, presidente do Conselho Geral do IPBeja: “é preciso rever o papel do Conselho Geral. Precisamos de pessoas entusiastas e apaixonadas por esta casa” e João Paulo Trindade, presidente do IPBeja:“reavaliar a ação formativa do Instituto. Criar de um curso na área aeronáutica”.
O Auditório do IPBeja, localizado no EdifÃcio da Presidência-Serviços Comuns I, recebeu a Cerimónia de Comemoração do Dia do Instituto Politécnico de Beja e Abertura Solene do Ano Académico, onde usaram da palavra, Mário Lopes, provedor do Estudante do IPBeja, Paulo Arsénio, presidente da Câmara Municipal de Beja (CMB), Ana Escoval, presidente do Conselho Geral do Instituto e finalmente o recém empossado presidente do Politécnico, João Paulo Trindade.
“Além das palavras e promessas, são importantes as atitudes. Não se deve reduzir a gestão a eventuais festas, é preciso dar condições aos alunos”, sustentou o provedor do Estudante. Mário Lopes, um jovem de ascendência africana, pausado, calmo e racional, lembrou que “há 7 anos anos que não entravam tantos alunos no Ensino Superior e o maior aumento foi nos Politécnicos”, justificou.
Mário Lopes recordou que os jovens chegam ao IPBeja e que “uns ficam e outros abalam, mas o Politécnico fica e É necessário criar condições para os fixar na região”, palavras breves, mas que foram como que “uma pedra de toque” para as restantes intervenções.
Paulo Arsénio, presidente da CMB, começou por deixar um repto ao antigo presidente da Câmara de Alvito e recém empossado presidente do Politécnico ao sugerir: “no curto exercÃcio de três semanas de mandato, prefiro trocar as chaves. Ele (João Paulo Trindade) vai para a câmara e eu venho para o IPBeja”.
Arsénio, defendeu que “vai abrir-se um novo tempo na Câmara Municipal e um novo tempo no Instituto Politécnico”, considerando que há um objectivo comum, “potenciar Beja e o seu território”, concluiu.
O novel presidente da edilidade bejense levou o slogan da campanha socialista “Recuperar, Valorizar e Promover”, defendendo que “não é preciso Recuperar o IPB, mas tudo faremos para o Valorizar e Promover”, acrescentando que “temos quatro anos para fazer muito por Beja pelo IPB”, rematou.
 Arsénio deixou uma garantia “se precisarmos de um estudo para a autarquia e o IPB tiver os meios necessários será o primeiro a sr contactado”, lembrando que a instituição se deve virar para o ensino na área aeronáutica, lembrando nos “novos tempos” do aeroporto, com a Aeroneo e a Hy-Fly, justificando que “o sol brilhará cada vez mais na cidade, na autarquia e no Politécnico”, concluiu.
A presidente do Conselho Geral do IPBeja, Ana Escoval, começou por defender que é preciso que “saltemos das nossas paredes e vejamos o que é importante para o nosso Alentejo e saibamos ocorrer à s necessidades da região”, defendendo que “a investigação deve ser uma das nossas bandeiras”, deixando o alerta de que “é importante para o enriquecimento dos nossos alunos e a captação de financiamentos”, concluiu.
Ana Escoval deixou um recado para o interior da instituição: “é preciso rever o papel do Conselho Geral. Este não se vai meter no trabalho de cada um dos órgãos, mas iremos olhar de forma estratégica para coisas que não se devem perder”, rematando que no Politécnico “precisamos de pessoas entusiastas e apaixonadas por esta casa”, rematou.
No discurso de encerramento, João Paulo Trindade, que há cinco dias (2 de novembro) tinha tomado posse como presidente do Instituto Politécnico de Beja, começou por falar da criação há 38 anos da instituição, lembrando a Paulo Arsénio “as coincidências temporais dos nossos mandatos. São as pessoas que fazem as instituições”, justificou.
O antigo presidente da edilidade de Alvito, afirmou-se “expectante relativamente ao Orçamento de Estado de 2018”, lembrando que é preciso “captar o maior numero de fontes alternativas de financiamento”. João Paulo Trindade deixou a garantia que vai “reavaliar a ação formativa do Instituto”, apontando como uma nas novidades “a criação de um curso na área aeronáutica”, revelando que vai ser criada uma “Associação Cultural, sem fins lucrativos, para promoção da região”, concluiu.
Seguiu-se uma Conferência sobre “Transformação da sexualidade na perspectiva Biopsicossocial”, proferida pelo Professor Doutor Francisco Allen Gomes.
Antes do final da cerimónia do Dia do IPBeja, realizou-se a homenagem a colaboradores e a entrega de Bolsas de Mérito aos melhores alunos do IPBeja, seguindo do habitual momento musical com que a sessão solene encerrou. Depois realizou-se a inauguração de uma exposição na Galeria AoLado.
Teixeira Correia
(jornalista)