Beja: Joaquim fez 1.000 kms para fotografar os aviões.


Joaquim, “Kino” para os amigos, viajou desde Saragoça (Espanha) para fotografar os aviões do Festival Aéreo. Já esteve em Beja no Tiger Meet 2021, adora a comida alentejana e está a dormir em Ferreira do Alentejo.

“Há malucos para tudo”, é um refrão popular alentejano que se pode aplicar a Joaquim Relancio, de 47 anos, um spotter amador que ontem viajou desde Saragoça, percorrendo 1.000 quilómetros, para poder fotografar os aviões envolvidos no Festival Aéreo.

Junto ao Terminal Civil Aeronáutico de Beja (TCB), de boné azul com as riscas vermelhas e amarela da bandeira de Espanha, apesar dos 30 graus centígrados que se faziam sentir, lá estava com a máquinas de grande objetiva ao ombro a fotografar as aeronaves que evoluíam nos céus da Base Aérea (BA) 11.

Hoje é o ensaio geral para o grande dia, apelidado como o “Dia da Família Militar”, destinado a antigos militares e elementos das forças de segurança e suas famílias, com menos gente por perto, o que permite melhores imagens.

Ao JN, “Kino”, como é conhecido pelos amigos, revelou que já esteve em Beja o ano passado no decurso do Nato Tiger Meet (NTM21) e ficou encantado com a região. “A comida é algo de fabuloso. As costeletas de borrego e a carne de porco preto são divinais. Sou fã”, disse. Como a capacidade hoteleira em Beja está esgotada, ainda assim conseguiu alojamento em Ferreira do Alentejo, a 25 quilómetros da cidade alentejana.

Product Manager de uma empresa que comercializa materiais de banho, tem em Saragoça uma base militar e o seu sonho era ser piloto aviador, “mas por causa da visão, uso óculos, não pude cumprir esse objetivo de vida. Há alguns anos que combino a paixão da fotografia com a dos aviões”, revelando que está ligado à Flickr.com onde descarrega as suas fotografias.

Este ano Joaquim já esteve no Nato Tiger Meet, na Grécia e em festivais em Badajoz, Motril (Granada), ambos em Espanha e em Conhaque, em França. “Como faço ? Pago tudo da minha algibeira. Não gasto dinheiro em coisas supérfluas para poder pagar a minha paixão”, rematou.

Amanhã, mal termine o festival, “Kino” pega no seu carro, segue em direção a Évora, entra no seu país em Badajoz, segue em direção a Madrid e depois, muito depois, a chegada a Saragoça.

Teixeira Correia

(jornalista)


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