Beja: “Mais” polícias e guardas que vacinas no hospital.


Desentendimento entre a PSP e a GNR quanto à escolta do transporte de vacinas contra a covid-19, que partia do Hospital de Évora com destino ao de Beja. À chegada a Beja a PSP escoltou a GNR e a carrinha.

Seis viaturas, incluindo um batedor numa mota e uma viatura da Esquadra de Intervenção, do Comando Distrital de Beja da PSP fizeram a escolta de duas viaturas da GNR e da carrinha da empresa encarregue de distribuir as vacinas contra a covid-19 desde o a entrada na cidade até ao Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja.

A comitiva deu entrada no Hospital José Joaquim Fernandes às 20,30 horas, quase duas horas depois de ter descarregada cerca de 350 vacinas no Hospital do Espírito Santo, em Évora e ter sido então bloqueada.

Foi o segundo episódio de uma “guerra sem quartel” na assunção de responsabilidades pela área de jurisdição de cada uma das forças de segurança, depois de a carrinha que estava a ser acompanhada pela GNR desde Coimbra foi bloqueada pela PSP após descarregar a primeira dose no Hospital de Évora.

O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, já determinou, esta segunda-feira, a abertura de um inquérito urgente por parte da Inspeção-Geral da Administração Interna devido aos desentendimentos entre a PSP e a GNR ocorridos esta segunda-feira no acompanhamento da distribuição de vacinas contra a Covid-19 em Évora. 

Depois de deixar o Hospital de Beja dirige-se para Faro, onde a GNR e a carrinha “deverão receber o mesmo tratamento” por parte da PSP.

Ao contrário do que aconteceu em outros hospitais, a presidente do Conselho de Administração da ULSBA, Conceição Margalha, não permitiu a entrada no Hospital José Joaquim Fernandes para fazer reportagem fotográfica.

Teixeira Correia

(jornalista)


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