Esteve seis meses em prisão preventiva, mas ontem foi absolvido dos crimes de que estava acusado, nomeadamente de tentativa de homicídio na companheira. Tribunal não encontrou provas para condenar o arguido.
Um cidadão moldavo de 34 anos, em prisão preventiva desde 8 de março, acusado de ter tentado matar a companheira, por esta lhe ter negado manter relações sexuais, foi ontem absolvido e saiu em liberdade do Tribunal de Beja.
Yurie Pavlov estava acusado dos crimes de homicídio qualificado na forma tentada e de ofensas à integridade física qualificada, factos que negou na sessão de julgamento da passada segunda-feira, onde nas alegações finais o Procurador do Ministério Público viria a pedir a absolvição do arguido.
A presidente do Coletivo de Juízes que julgou Pavlov justificou que “não se provou que o arguido tivesse cometido os factos constantes da acusação e a testemunha ouvida nada viu, pelo que ao tribunal resta absolve-lo”, justificou. De salientar que a vítima, Ecaterina Rosca, e uma amiga que viviam no mesmo quarto com Pavlov deixaram Portugal, não tendo sido possível fazer a sua notificação, não foram ouvidas em sede de julgamento.
À saída da sala de audiência e com ajuda de uma tradutora, Yurie Pavlov disse ao Lidador Notícias estar “satisfeito e contente por estar em liberdade. Foram seis meses muito difíceis. Quero ficar em Portugal a trabalhar, tenho dois amigos no Algarve que me vão ajudar” concluiu.
Na noite da presumível ocorrência dos factos, os três moldavos ingeriram bebidas, tendo Yurie Pavlov ter querido manter relações sexuais com Ecaterina Rosca, o que esta recusou, situação que terá levado o arguido a cometar as presumíveis agressões e esfaqueamento da vítima.
O individuo foi detido no interior da habitação pela PSP, sem nunca ter oferecido resistência. Ouvido em primeiro interrogatório, foi colocado em prisão preventiva, no Estabelecimento Prisional de Beja, situação em que se manteve até às 14h00 de ontem.
Teixeira Correia
(jornalista)
