Luís Rita, o indivíduo que no 29 de outubro de 2015, no Bairro das Saibreiras, em Beja, tentou matar uma vizinha, Paula Calceteiro, com dois tiros de caçadeira, foi ontem condenado a 9 anos de prisão efetiva.
Luís “Água-Doce”, como também é conhecido, de 66 anos, fez dois disparos contra a vizinha, acreditando que a mulher tinha um relacionamento extraconjugal com a mulher que tentou matar.
O arguido chegou ao tribunal acusado dos crimes de homicídio qualificado de forma tentada e detenção de arma proibida, viu o Coletivo para homicídio simples, o que lhe valeu uma condenada de 8 anos e mais 2 anos pela posse da arma, tendo sido condenado em cúmulo jurídico a 9 anos de cadeia.
Por terra caiu a tese da advogada do arguido que defendeu que este era “inimputável”, pedindo ao que Luís “fosse internado sob vigilância médica”. O Coletivo de Juízes presidido por Vítor Maneta, sustentou que os exames e o comportamento do arguido, “mostraram que este tem consciência de tudo o que fez”, concluiu.
O magistrado considerou que a condenação “é adequada”, tendo em conta que há da parte do arguido “o forte risco de reincidência de praticar o crime contra a vítima”, rematou.
Luís Rita, foi ainda condenada a pagar uma indemnização a 27.500 euros por danos não patrimoniais causados a Paula Calceteiro mais o pagamento de uma verba superior a 9.000 euros, como forma de “ressarcir os custos” suportados pelo Hospital de Beja, nos tratamentos e internamento da vítima.
Luís Rita pode ainda enfrentar novo processo-crime, este por violência doméstica, face às declarações proferidas em julgamento pela filha mais velha, que levaram o Coletivo de Juízes a extrair e enviar uma certidão ao MP, para que se investigue a existência daquele tipo de ilícito criminal.
Teixeira Correia
(jornalista)
