Beja: Os cinco arguidos do “Gangue dos Hipers” condenados a prisão efetiva.


Os cincos arguidos que integravam o “Gangue dos Hipers” desmantelado por agentes da Investigação Criminal da PSP de Beja, em 2 de fevereiro de 2023, foram condenados, em cúmulos jurídicos, por um Coletivo de Juízes do Tribunal de Beja, a penas únicas efetivas de prisão entre os 4 anos e 9 meses e os sete anos.

No total o gangue foi condenado a 44 anos e 10 meses de prisão.

O grupo composto por quatro portugueses e um brasileiro, foram julgados e condenados pela prática de cinco crimes qualificados, quatro de furto e um de falsificação de documentos, factos praticados entre 11 de janeiro e 11 de fevereiro de 2023, em superfícies comercias de Évora e Beja.

João Martins, de 25 anos, tido como o líder do grupo, que nos meios policiais é também conhecido como o chefe do “Gangue do Joãozinho”, foi condenado a 7 anos de prisão e Sandro Lima, de 29 anos, que andou escapado à justiça durante vários meses, foi condenado a 6 anos. Com 5 anos e 6 meses e 5 anos e 2 meses foram condenados Wilker Costa, o cidadão brasileiro, de 26 anos e Pedro Rodrigues, de 34 anos, respetivamente. Finalmente, ao mais novo do grupo, Lucas Rocha, de 23 anos, foi aplicada a pena de 4 anos e 9 meses, que não foi suspensa.

O Coletivo de Juízes manteve as medidas de coação a que estão sujeitos os arguidos João e Lucas, o primeiro em prisão preventiva e o segunda na obrigação de permanência na habitação com vigilância eletrónica, enquanto que para os restantes três, foi decidida a emissão de mandados de condução ao estabelecimento prisional, após trânsito em julgado do acórdão.

Foi ainda declarada perdida a favor do Estado a vantagem e 2.058,84 euros, do furto do a cabo numa das superfícies comerciais, e caso não seja recuperada em espécie, três dos arguidos são condenados a pagar solidariamente tal quantia.

No acórdão proferido na passada sexta-feira, e a que o Lidador Notícias (LN) teve acesso, o presidente do Coletivo de Juízes considerou que “os factos provados demonstram que cada um deles assumiu uma posição concreta de tarefa, o que necessariamente implica um acordo prévio, preparação, concertação e execução conjunta”, a que não é alheia a circunstância de morarem todos num bairro de uma freguesia de Lisboa.

Recorde-se que os factos em que foram condenados, foram praticados entre 11 de janeiro e 11 de fevereiro de 2023, em superfícies comercias de Évora e Beja, com os cinco arguidos a atuarem em grupo dentro dos hipermercados, furtar desactivadores de alarmes de produtos, “neutralizando” os códigos de barras como se estivessem pagos.

Alguns dos arguidos já foram condenados a penas efetivas de prisão, e ainda têm pendentes diversos processos em curso em Tomar, Montemor-o-Novo, Cascais e Vila Franca de Xira, sendo ainda suspeitos de mais de três dezenas de furtos praticados desde janeiro de 2022, na zona da Grande Lisboa e no Algarve.

Teixeira Correia

(jornalista)


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