A falta de médicos e a sobrecarga de trabalho foi hoje reconhecida pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) e comprometeu-se a tentar resolver problemas que levaram à demissão de 12 chefes de equipa das urgências.
O diretor clínico de Cuidados Hospitalares da ULSBA, José Aníbal Soares, justificou que “é evidente a falta de recursos humanos, isso é um facto aqui, talvez por sermos muito periféricos, talvez porque as condições de pagamento não são as melhores”, concluiu.
As palavras do responsável foram proferidas após uma reunião realizada hoje entre a administração da ULSBA, os 12 chefes de equipa de Medicina Interna demissionários e os coordenadores do Serviço de Urgências (SU) do hospital de Beja e a presidente da Administração Regional de Saúde do Alentejo, Maria Filomena Mendes.
A reunião decorreu um dia após os 12 chefes de equipa de Medicina Interna do SU do hospital de Beja terem apresentaram demissão dos cargos, perante a alegação de “não terem condições para tratar dos doentes com qualidade e segurança”, sustentaram os demissionários.
José Aníbal Soares considerou que a presença da presidente da ARS na reunião foi “uma mais-valia no meio desta situação”, acrescentando que a ULSBA e aquele serviço desconcentrado do Ministério da Saúde vão “tentar” organizar-se, “mesmo a nível regional”, para procurarem “resolver” a “situação de contratação de pessoal”, rematou.
Teixeira Correia
(jornalista)