Beja: Vaga de assaltos em cafés deixa populações de aldeias em pânico.
Vários assaltos a estabelecimentos de bebidas e restauração nos últimos dias em três aldeias do concelho de Beja, nomeadamente em Baleizão, Cabeça Gorda e Neves, têm lançado o pânico entre comerciantes e populações.
Na madrugada de ontem utilizando o mesmo “modus operandi”, trepando telhados, arrombando portas e esventrando máquinas e caixas de primeiros socorros, para furtar dinheiro e componentes médicos.
O último assalto ocorreu na madrugada de ontem (domingo), entre as 05,00 e as 06,00 horas, em Vila Azedo, na freguesia de Neves, a cerca de 5 quilómetros de Beja, quando um grupo de indivíduos não quantificado se introduziu num café pelo quintal, tendo levado objetos e dinheiro, cujo valor deverá rondar os 1.000 euros.
Os ladrões destelharam duas das divisões do estabelecimento, mas ao confrontar-se com a placa de cimento, tiraram as fixações metálicas de telhas plásticas e entraram rebentaram uma máquina de tabaco e outra de jogos de rifas, levando o dinheiro.
Como a caixa registadora tinha a chave, abriram a mesma e esvaziaram a caixa. Na cozinha levaram uma mala que no interior tinha 200 euros, além de terem vasculhado três caixas de primeiros socorros de onde desapareceram comprimidos e outros medicamentos.
Joaquim Água-Doce, proprietário do Café Central há 25 anos, nunca tinha sido assaltado, falando ao Lidador Notícias (LN) sobre o furto ainda gracejou: “os ladrões foram simpáticos, não rebentaram a registadora e deixaram todos os documentos da minha mulher espalhados num sofá. Ainda aproveitaram uns escadotes de alumínio e saíram pelo telhado sem partirem nada”, rematou.
Segundo apurou o LN, o Núcleo de Investigação Criminal do Destacamento de Beja da GNR, não encontrou impressões digitais que possam levar à identificação e detenção dos autores dos furtos, sendo entendimento das autoridades que atuaram com luvas, para dissimular a identidade.
Teixeira Correioa
(jornalista)