O projeto da Bolsa Nacional de Terras (BT) foi lançado há 8 anos com um total de 834 prédios rústicos num total de 8900 hectares. Os terrenos mais pequenos não cativam interesse.
A BT foi lançada em maio de 2013 para ajudar proprietários a colocar terrenos que não conseguem cultivar e candidatos à lavoura ou à floresta ou a expandir as suas explorações,
Segundo o Jornal de NotÃcias (JN), só os melhores terrenos foram cedidos (vendidos, arrendados ou trocados), 369 prédios rústicos, num total de 7600 hectares (ha). Há 465 prédios por ceder, num total de pouco mais de 1.300 ha, com uma dimensão média de 2,9 há, sendo os menos bons e mais pequenos estão há largos anos sem interessados.
De acordo com os cálculos do JN, os três distritos do Alentejo somam 44,4% dos prédios e 72,1% da área total cedida. Só a Empresa de Desenvolvimento de Infraestruturas de Alqueva (EDIA) colocou 99 terrenos, com 1087,96 hectares.
No distrito de Beja foram cedidos 118 terrenos com uma área total de 1.862,29 ha, existindo ainda 135 disponÃveis com 674,91 hectares. No Alentejo foram cedidos 164 terrenos, 44% do total com uma érea de 5.532 hectares, 72,1% do total.
O maior prédio
DisponÃvel na BT está a Herdade da Caniveta, em Ferreira do Alentejo, com 140,62 hectares no valor de 2.999.000 euros. Os interessados querem instalar pomares, mas só 23 ha são irrigados por Alqueva, ou instalar centrais solares, mas a ligação à rede é muito distante.
Desistências
A Herdade de Penilhos e Alpendres, em Serpa, é a segunda maior, com 120 ha. Foi retirada em setembro, porque o dono, um empresário da agropecuária e frutas, optou por um projeto de azinho e sobreiro.
Teixeira Correia
(jornalista)
NotÃcia: Lidador NotÃcias/Jornal de NotÃcias