Borba: Inalação de monóxido de carbono, mata mulher e deixa duas crianças em perigo de vida.


Mulher morreu e filhas menores em perigo de vida. Inalação de monóxido de carbono terá estado na origem da tragédia.

Elizabete Simões, 45 anos, morreu ontem no Centro e Saúde de Estremoz, ao que tudo indica na sequência da inalação de monóxido de carbono, provoca por uma braseira que se encontrava num quarto da habitação onde a mulher foi encontrada. Inconscientes no mesmo espaço, estavam as duas filhas, Raquel, 8 anos, e Beatriz, 14 anos, que lutam pela vida em unidades hospitalares de Lisboa.

O ocorreu numa habitação à saída de Borba, na estrada para Barro Branco, junto à Zona Industrial, tendo o alerta sido chegado à GNR daquela vila alentejana por volta das 10,53 horas de domingo. O alerta terá sido dado por Mário Klerk, marido da vítima, casal que estaria em processo de separação, que estranhou a falta de comunicação das filhas.

Os bombeiros Voluntários de Borba (BVB), foram alertados para a necessidade de arrombamento de uma porta de uma habitação e ao entrarem depararam-se com as três mulheres inconscientes. No quarto estava uma braseira a picão, um tipo de carvão muito miúdo, em outras zonas do país conhecido como chisco, muito mais tóxico do que o típico carvão de lenha.

Os bombeiros prestaram os primeiros socorros, tendo as duas crianças reagido, mas a mulher apresentava um quadro clínico muito complicado. Elizabete foi transportada para o Centro de Saúde de Estremoz, onde acabaria por falecer. Raquel, a menina mais nova foi transportada hum helicóptero do INEM, para a Unidade Pediátrica do Hospital de Santa Maria em Lisboa. Por seu turno, Beatriz, vou inicialmente transportada para o Hospital do Espírito Santo, em Évora, e depois de reavaliada e face ao perigo de vida que corria, foi também transferida para Lisboa, mas para o Hospital D.Estefânia.

Apesar da existência da braseira no quarto da habitação e porque não existiam certezas sobre o motivo do acidente, foi chamado o Núcleo de Investigação Criminal da GNR, para proceder à recolha de provas que possam levar a conclusões sobre a origem e causas que provocaram a intoxicação de mãe e filhas.

António Ferreira, adjunto de Comando dos BVB, revelou que “as três vítimas estavam inanimadas e todas no mesmo quarto. A porta estava fechada e sem qualquer respiração”, acrescentando que depois de retiradas do quarto e feita a ventilação “as miúdas reagiram. Vomitaram como é típico nestes casos de intoxicação, mas a mulher não”, rematou.

O corpo da vítima mortal foi levado para o Gabinete Médico-Legal de Évora, onde vai ser autopsiado.

Segundo informação do Comando Distrital de Operações e Socorro (CDOS) de Évora, no local do sinistro estiveram 25 operacionais dos bombeiros de Borba, VMER de Évora e GNR de Borba, apoiados por 9 viaturas e ainda um helicóptero do INEM.

Teixeira Correia

(jornalista)

FOTO: Rádio Campanário (Vila Viçosa)


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