Num debate de urgência, foi apresentado e aprovado o Projeto de Resolução Nº771/XIV/2ª- “Salvar a Casa do Alentejo”, do Partido Ecologista “Os Verdes”.
Os Verdes” recomendam ao Governo que tome as diligências necessárias com vista a garantir uma solução de financiamento viável à Casa do Alentejo, em Lisboa, para que esta possa manter os postos de trabalho e a sua atividade em funcionamento para além do ano 2020.
No documento foi assinado por Mariana Silve a José Luís Ferreira, os deputados do PEV sustentam que “podemos dizer sem nenhuma dúvida que a Associação Casa do Alentejo, tem assumido plenamente, com a sua dinâmica atividade, o papel de “Embaixadora do Alentejo”, mas tem ido muito mais além, tendo conquistado um lugar de destaque nos espaços histórico-culturais e grande atração turística da Capital”.
Mariana Silva encerrou o debate sobre o Projeto de Resolução do PEV referindo o consenso em torno desta questão, e reforça que sem medidas excecionais e imediatas da parte do Governo, não será possível salvar muitas coletividades históricas.
Câmara de Lisboa apoia Casa do Alentejo
No passado dia 18 de dezembro, o Lidador Notícias revelava que a Câmara de Lisboa tem 187 mil euros para atribuir à Casa do Alentejo, coletividade quase centenária que corre o risco de encerrar no próximo mês devido aos prejuízos decorrentes da pandemia covid-19.
De acordo com a edição online do Jornal de Notícias (JN), na passada segunda-feira, dia 21, deveria ir votos uma proposta do vereador dos Direitos Sociais, Manuel Grilo, para garantir apoio a esta e outras organizações com trabalho de relevo na cidade.
A ajuda financeira provém do Fundo de Emergência Social, que visa garantir um apoio extraordinário a organizações sem fins lucrativos com quebras significativas na receita decorrente da situação pandémica.
No final do mês passado, o vice-presidente da Casa do Alentejo, Manuel Verdugo, reconhecia ao JN Urbano que “sem ajuda não há milagres”. “Não aguentamos em janeiro. Éramos um ex-libris da cidade, mas a pandemia paralisou-nos. Isto já não é só dor, vivemos num estado de agonia”, lamentava.
Teixeira Correia
(jornalista)