COVID-19: Depois do Espadanal, vão realizar-se testes em Vale do Touro, Moura.
Depois do Espadanal, vão realizados testes na comunidade de Vale do Touro, em Moura. A decisão foi da Unidade de Saúde Pública, depois de conhecido o caso da mulher grávida que foi viver para Alqueva.
O Serviço Municipal de Proteção Civil de Moura (SMPCM) emitiu um comunicado onde informa que, “a Autoridade de Saúde Pública da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) decidiu realizar testes, para COVID-19, a toda a comunidade residente em Vale do Touro, no concelho de Moura”.
O SPTCM justifica que esta decisão deve-se ao facto da referida comunidade ter estado em contacto direto com uma mulher, residente no concelho de Portel, que testou positivo ao novo Coronavírus SARS-CoV-2″, revelando que os testes serão realizados durante o fim de semana: “este sábado a crianças e jovens e amanhã, domingo, serão testados os adultos”, remata.
O Serviço Municipal de Proteção Civil de Moura acrescenta que “acompanhará a realização dos testes e, em articulação com a GNR e Instituto de Segurança Social, prestará todo o apoio necessário à comunidade de Vale do Touro, durante o período de confinamento”.
Segundo apurou o Lidador Notícias (LN) na Vale do Touro, lugar localizado na União de Freguesias de Moura e Santo Amador, num lugar localizado a 3 kms da “Cidade Salúquia” vivem cerca de 70 pessoas, de etnia cigana, tal como no Espadanal (foto de arquivo do LN), que tem cerca de seis dezenas de habitantes.
Uma história que envolve um casal que saiu de Vale do Touro para Alqueva.
Tudo começou com o anúncio pelo Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) que uma mulher grávida infetada com Covid-19 tinha sido enviada do Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja, por falta de condições desta última unidade hospitalar.
Soube-se depois que a mulher tido sido transportada desde a aldeia de Alqueva para o HESE pelos Bombeiros Voluntários de Portel, mas que a morada da mulher e do marido seria em Moura.
Posteriormente, o Serviço Municipal de Proteção Civil de Moura emitiu um comunicado onde esclareceu que “desde a confirmação deste caso positivo o SMPCM juntamente com a Autoridade de Saúde Pública, iniciou todos os contactos relativos a esta situação”, justificando que a parturiente em causa “encontra-se a residir no concelho de Portel, desde o dia 6 de abril”, justificou.
Através do Serviço Municipal de Proteção Civil, a Câmara Municipal de Moura, presidida pelo socialista Álvaro Azedo, assumiu que “falando sempre verdade, irá continuar a informar a sua população, sempre que que existirem novos dados relativos ao concelho”, rematou.
Recorde-se que ontem o HESE revelou que “nasceu o primeiro bebé da região Alentejo cuja mãe está infetada com covid-19. Nasceu de cesariana, dia 14 de abril à noite, e tanto a mãe como o bebé estão bem. A grávida, proveniente do distrito de Beja, foi encaminhada para o Serviço de Obstetrícia do HESE, pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, por esta Unidade entender não reunir as condições necessárias para a realização deste parto”.
O Lidador Notícias (LN) volta a reafirmar que apesar de o casal, envolvido na situação, estar a residir desde o passado dia 6 de abril, no concelho de Portel, mais concretamente em Alqueva, tem a residência oficial na União de Freguesias de Moura e Santo Amador, num lugar localizado a 3 kms da “Cidade Salúquia”.
Ao contrário do que foi revelado pelo Hospital de Évora, o LN confirmou junto de fonte da ULSBA que a mulher “foi acompanhada durante o período gestação no HJJF, mas a parturiente nunca deu entrada nos serviços do Hospital José Joaquim Fernandes (HJJF), em Beja, pelo que nunca poderia ter sido remetida desta unidade para qualquer outra unidade de saúde”.
Teixeira Correia
(jornalista)
