Segunda-feira, Outubro 20, 2025

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Cruz Vermelha: Depois das residências de Beja, fecha a unidade cuidados continuados em Estremoz.

Em Beja a explicação de António Saraiva, presidente da Cruz Vermelha, o fecho das ERPI’S foi “por não ser possível realizar melhoramentos funcionais que permitam inverter a situação”, em Estremoz diz que a decisão resulta “da impossibilidade de adaptação das instalações aos requisitos estruturais e técnicos atualmente em vigor”.

O fecho da Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação (UCCMDR) de Estremoz, segundo a CVP, deve-se à impossibilidade de adaptar as instalações aos requisitos atuais e à redução significativa do financiamento. Em julho de 2024 fechou as duas casas de repouso (foto de arquivo Lidador Notícias- Casa de Repouso Henri Donant) que funcionavam como Estrutura Residencial para Idosos (ERPI’s), 29 trabalhadoras foram o desemprego.

A CVP, que tem como presidente António Saraiva (na foto), natural de Ervidel (Aljustrel)  indicou, em comunicado, que “está a trabalhar em articulação com a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e com as autoridades locais de saúde para assegurar a transição dos utentes” que, até 31 de dezembro deste ano, possam ainda estar em acompanhamento, “garantindo a continuidade assistencial e a segurança clínica durante todo o processo”. Segundo a instituição na UCCMDR estão internados 21 utentes.

“Esta decisão resulta, essencialmente, da impossibilidade de adaptação das instalações aos requisitos estruturais e técnicos atualmente em vigor, bem como da inviabilidade económica decorrente da redução de cerca de 50% do financiamento face ao Acordo-Programa inicial, agravada pelos prejuízos acumulados entre 2022 e 2024”, adiantou a CVP.

No seguimento desta reestruturação, acrescentou a CVP, a instituição está “a desenvolver esforços, internamente e com parceiros externos, para tentar assegurar os postos de trabalho ao maior número possível dos 29 colaboradores afetos à unidade, procurando garantir uma transição justa e que reconheça o contributo de cada pessoa”.

No caso de Beja “foi possível recolocar 39 utentes em outros tantos equipamentos num processo realizado em estreita colaboração com as famílias e a Segurança Social”, justificando a Cruz Vermelha que 17 utentes “saíram por iniciativa própria, tendo as famílias optado por outras alternativas”, justificou a instituição.

Quanto às quase três dezenas de trabalhadoras, quando o processo foi conhecido também a CVP disse que iria arranjar uma solução justa para cada pessoa, mas o certo é que a partir do último dia de trabalho, 31 de julho de 2024, e sem outra solução profissional à vista, restou-lhe recorrerem ao desemprego para assegurarem a sobrevivência financeira.

O fecho das duas ERPI’s foi revelado pelo Lidador Notícias no dia 18 de janeiro de 2024 e só três meses depois o presidente da Direção Nacional (DN) da CVP, António Saraiva, comunicou que “foi tomada a decisão de encerrar até 31 de julho as duas casas de repouso, por não ser possível realizar melhoramentos funcionais que permitam inverter a situação”.

Teixeira Correia

(jornalista)

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