Dados do Instituto Nacional de Estatística revelam que as autarquias gastaram menos 25 milhões de euros no ano passado, nos diversos domínios da cultura. O Alentejo liderou o investimento Castelo de Vide, Barrancos e Portel em destaque.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) cada autarquia gastou em média com cada cidadão 34 euros nos vários domínios das atividades culturais e criativas, num total de 353 milhões de euros.
O Alentejo foi a região onde os gastos com a cultura superam em quase o dobro a média, com 63 euros por habitante. Ainda acima da média nacional surgem os Açores, com 44 euros, Algarve (41 euros) e Centro (36 euros). Abaixo da média está a Área Metropolitana de Lisboa, com 31 euros, o Norte com 28 euros e a Madeira, com 20 euros.
Numa análise territorial, 80% dos municípios do Alentejo ultrapassam a média nacional, com particular destaque para Castelo de Vide, Barrancos e Portel. Os 353 milhões de euros gastam, significam anda assim uma redução de 7% relativamente a 2013. Com a Madeira a ser a região que mais desinvestiu, logo seguida do Alentejo.
Para chegar a estes dados, o INE baseou-se o investimento de 353 milhões de euros em nove áreas de atividades: atividades interdisciplinares (82,9 milhões de euros/M€), património cultural (82,9 M€), biblioteca e arquivos (75,3 M€), artes do espectáculo (73,6 M€), audiovisual e multimédia (8,2 M€), livros e publicações (7,5 M€), artes visuais (5,6 M€), publicidade (4,8 M€), arquitetura (3,8 M€) e artesanato (2,1 M€).
Relativamente aos espetáculos, no top 10 há pequenos municípios que acolhem eventos de grande nível e envergadura. Odemira, que recebe o Festival Sudoeste, tem receitas de 1,4 milhões de euros, quase o dobro de Paredes de Coura.
Dados divulgados pela Associação Portuguesa dos Festivais de Música, o Festival Sudoeste, na Zambujeira do Mar, com 188 mil espetadores em cinco dias, foi o que registou mais público.
Teixeira Correia
(jornalista)


