Évora: Embraer quer fabricar novos aviões, aproveitando fundos comunitários.
No dia em que Paulo Portas visitou a fábrica da Embraer, em Évora, em entrevista ao “Diário Económico”, o presidente da empresa “anunciava” que queria fabricar novos jactos naquela unidade.
Mais pareceu um recado ao Governo Português, a entrevista que Frederico Curado, presidente da Embraer, concedeu ao “Diário Económico”, publicada ontem, no mesmo dia em que o vice-Primeiro-ministro, Paulo Portas, visitou a unidade eborense da empresa aeronáutica brasileira.
Ao jornal, o presidente do grupo brasileiro revelou que a Embraer “quer aproveitar os fundos comunitários do Portugal 2020 para reforçar a capacidade das fábricas de Évora e trazer para Portugal a produção de componentes para a nova série de jactos E2”, justificou.
Frederico Curado acrescentou que a empresa “não pode ficar à espera da decisão até 2020. Nos próximos 12 meses temos que ter uma resposta para saber onde fixar a preocupação”, não explicando qual o investimento a fazer e o número de postos de trabalho a criar.
Falando aos jornalistas na sequência da visita, Paulo Portas, revelou que, até final deste mês, a construtora aeronáutica brasileira Embraer deve candidatar a fundos comunitários novos investimentos em Évora, na ordem dos 150 milhões de euros, que vão ser analisados “com celeridade”.
A Embraer, disse o ministro, “está a estudar com o Governo português a apresentação de candidaturas a novos investimentos aqui na região de Évora”, ligados aos “novos jactos comerciais” da empresa, “o E2 e o 175”.
Segundo o vice-primeiro-ministro, que falava em Évora, nas instalações da Embraer, esses projectos de investimento serão apresentados até ao final deste mês”.
“A AICEP e o programa operacional do Alentejo, uma vez recebidas as candidaturas, têm 60 dias para fazer a análise e nós queremos que, com a maior celeridade possível, as decisões sejam tomadas” para estes projectos tenham “um impacto na economia e no emprego”, justificou.
Teixeira Correia
(jornalista)
