Ferreira do Alentejo: Meia centena de cavalos retirados de exploração agrícola.
Terminou o rocambolescos processo que desde 8 de novembro envolvia uma exploração pecuária localizada em Abegoaria, concelho de Ferreira do Alentejo, onde tinham sido apreendidos 104 cavalos.
Com a compra feita por um particular dos 54 cavalos que restavam dos 104 inicialmente apreendidos, chegou ao fim o rocambolescos processo que desde o passado dia 8 de novembro envolvia o proprietário e uma exploração pecuária localizada em Abegoaria, concelho de Ferreira do Alentejo.
Os animais foram carregados ao final da tarde de ontem, sob as vistas de três elementos do IRA-Intervenção e Resgate Animal que horas antes tinham estado reunidos com Ana Cristina Miguel, a chefe da Direção Alimentação e Veterinária do Baixo Alentejo (DAVBA), sediada em Beja.
Pelo caminho ficou a morte de 14 equídeos e a eventual venda de cerca de quatro dezenas, da totalidade de animais encontrados na exploração de um individuo de nome José Maria, que tinha sido nomeado fiel depositário.
Na quinta-feira, na sua página de facebook o IRA tinha deixado o aviso de que viria a Beja “para questionar quem de direito e resolver o assunto de vez”. Ontem (sexta-feira) à saída da reunião um dos elementos do IRA, confirmou ao Lidador Notícias (LN) que “viemos para resolver hoje a situação e foi-nos comunicado que os animais estavam a ser retirados do local. Vamos lá certificar-nos disso”, justificando que “não é uma vitória do movimento, mas de todos os que se empenharam em resolver esta situação lamentável”, concluiu.
Durante todo o dia de quarta-feira elementos da DAVBA e de outras instituições dos sectores da veterinária e agricultura, esteve na exploração a fazer o registo cadastral com microshipagem, vacinação e desparatização, tendo por último instar o proprietário a resolver em definitivo a situação.
Tudo começou no passado dia 8 de novembro, quando foi realizada uma fiscalização na sequência de uma denúncia efetuada através da linha SOS Ambiente e Território, onde estiveram presentes elementos das Direções Geral e Regional do Alentejo de Alimentação e Veterinária e Agricultura e Pescas e dos Médicos Veterinários Municipais de Aljustrel e Ferreira do Alentejo.
Na altura, militares afetos ao Comando Territorial de Beja que acompanharam a ação, detetaram uma infração por falta de registo de exploração pecuária e de identificação dos animais, tendo sido lavrados autos de contraordenação, coimas cujo valor podem atingir os 3.750 euros.
Teixeira Correia
(jornalista)
