A justificação, por parte do arguido, de que usava faca porque “sou alentejano e como bom alentejano uso no bolso uma faca para o petisco”, foi só uma das peripécias do julgamento.
A recusa da vítima em depor contra o companheiro, desistindo de uma das queixas, os depoimentos desculpabilizantes da sogra e do cunhado, tendo este também desistido de uma das queixa contra o arguido, um Coletivo de Juízes do Tribunal de Beja absolveu Tiago M. da acusado de seis crimes, sendo um de violência doméstica.
L'individu, de 32 ans, naturel Moura, estava também acusado um de ameaça agravada, um de ofensa à integridade física qualificada consumada e dois na forma tentada e um de detenção de arma proibida. Acabando condenado a pagar a quantia de 188,92 euros pedidos para Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) para pagamentos dos tratamentos a que foram sujeitos a companheira e o cunhado, que o arguido atacou com um canivete.
O individuo negou os factos que lhe eram imputados, que foram desvalorizados pelas testemunhas, tendo assumido eu utilizara um canivete, mas que não teve intenção de magoar as vítimas. Tiago M. justificou a posse do canivete com o facto com uma metáfora muito antiga na região. “sou alentejano e como bom alentejano uso no bolso uma faca para o petisco”, conclu.
O indivíduo esteve privado da liberdade desde dezembro do ano passado, primeiro em prisão preventiva e depois em obrigação de permanência na habitação com recurso a meios de vigilância eletrónica, acabou também por perder o empregado, quando foi privado da liberdade.
O Ministério Público promoveu que fosse arbitrada uma indemnização à principal vítima, para reparação dos danos sofridos pela mesma, acabou por ser prejudicada pelo facto do arguido ter sido absolvido de todas as acusações.
Teixeira Correia
(journaliste)