Cerca de uma dezena de passageiros que seguiam no comboio entre Lisboa e Beja, este domingo à tarde, ficaram apeados na estação de Casa Branca, no concelho de Montemor-o-Novo, devido à greve dos trabalhadores da CP – Comboios de Portugal.
A composição partira da capital rumo a Beja, mas acabou por ser suprimida em Casa Branca, sem que houvesse alternativa de transporte para os passageiros, obrigados a permanecer na estação ou a procurar outras formas de prosseguir viagem.
O ambiente foi de frustração e indignação entre os utentes, alguns dos quais se mostraram surpreendidos com a falta de informação e de apoio no local.
Fonte oficial da CP explicou ao JN que a interrupção da viagem se deveu “à greve” e “por não terem sido decretados serviços mínimos”, acrescentando “que a venda de bilhetes estava suspensa”.
De acordo com relatos de passageiros, a comunicação da interrupção da viagem foi feita já no decurso da viagem, perto da estação do Pinhal Novo, distrito de Setúbal.
De Casa Branca, o Intercidades seguiu para Évora, como habitualmente. Mas o comboio regional que deveria assegurar a ligação a Beja ficou imobilizado.
Segundo apurou o JN, “alguns passageiros tentaram organizar transportes alternativos, enquanto outros aguardaram apoio de familiares”.
Convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI), a greve convocada para esta segunda-feira, 28 de abril, destina-se a reivindicar melhores condições salariais para todos os Trabalhadores da empresa.
A CP alertou que a circulação de comboios na segunda-feira deverá ter “fortes perturbações” e que a greve poderia ter impacto na operação a partir deste domingo.
