Investimento para reforçar abastecimento de água no Algarve foi revisto em alta, passando a custar mais 36 milhões. A obra tem um preço base de 101 milhões e um prazo de execução de um ano e três meses.
O concurso público internacional para a empreitada de captação de água no Pomarão, para reforçar o abastecimento de água no Algarve foi lançado ontem. O projeto, com financiamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), vai custar 109 milhões de euros.
Em comunicado, o Ministério do Ambiente e Energia indica que a obra, que será dividida em três lotes, tem um preço base de 101 milhões de euros e um prazo de execução de 460 dias, ou seja, de um ano e três meses.
Este projeto, previsto no PRR, integrando a componente C09, tinha sido objeto de um pedido de aumento do valor de investimento por parte da Águas do Algarve, de 72,8 milhões de euros para 109 milhões de euros, verba que contempla a empreitada e estudos, o que foi autorizado pela ministra da tutela, considerando os pareceres emitidos pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR), explica o Governo na mesma nota enviada às redações.
A captação de água no Pomarão constitui uma das medidas previstas no Plano Regional de Eficiência Hídrica do Algarve e vai permitir aumentar em 30 hectómetros cúbicos anuais a resiliência e capacidade hidráulica do sistema de abastecimento de água para consumo humano no Algarve, de acordo com dados do Governo.
A obra consiste na captação de água superficial na zona estuarina do rio Guadiana, junto à povoação de Mesquita, a montante do Pomarão, no concelho de Mértola, distrito de Beja, através de uma conduta adutora até à albufeira de Odeleite, em Castro Marim, distrito de Faro, onde a água captada será restituída, segundo informações divulgadas anteriormente.
A ministra Maria da Graça Carvalho estará amanhã em Faro, para formalizar o lançamento do concurso público da infraestrutura, “possível graças a entendimento com Espanha”, assim como para presidir à assinatura de protocolos que vão levar água para consumo humano às aldeias do Espírito Santo e Mesquita, em Mértola, e para a reabilitação da rede de saneamento de Castro Marim.
Fonte: Jornal de Negócios