Três indivíduos, dois espanhóis e um português, com idades compreendidas entre os 20 e os 29 anos, que tinham sido apanhados com cerca de 47 mil doses de haxixe, foram condenados a penas de prisão entre os 5 anos e 6 meses e os 6 anos e 6 meses.
O caso ocorreu em 21 de julho do ano passado quando João Bogalho, Larbi Macias e Santi Rodriguez, foram detidos no IC1, em Aldeia dos Palheiros, no concelho de Ourique, por militares Núcleo de Investigação Criminal (NIC) de Aljustrel da GNR, quando se dirigiam de Espanha para Lisboa, em duas viaturas ligeiras de passageiros e numa delas, de matrícula espanhola seguia a droga.
Em prisão preventiva desde aquela data, os três homens ouviram na passada sexta-feira, no Tribunal de Beja a leitura do acórdão que os condenou a prisão efetiva, tendo o Presidente do Coletivo de Juízes justificado que “dois arguidos admitiram os factos e o terceiro não falou, mas as declarações dos militares envolvidas na operação foram credíveis e provaram os factos da acusação”, acrescentando que a versão de um dos arguidos espanhóis sobre o seu companheiro “foi desmentida pela própria advogada de defesa ao fazer a confrontação entre as mensagens trocadas pelos dois”, concluiu.
O magistrado defendeu que o tribunal fez a distinção entre o grau de culpabilidade entre cada um dos arguidos: “o João, condenado a 6 anos e 6 meses de prisão, se não fosse o dobo do negócio era muito próximo face ao investimento feito, Larbi, sentenciado a 6 anos, utilizou o carro da mãe para transportar a droga e Santi, punido com 5 anos e 6 meses, colaborou para que a o produto chegasse ao destino”, rematou.
Aquando da abordagem pela GNR, João, o cidadão português, conduziu um Mercedes, que fazia de “batedor”, e os espanhóis Larbi e Santi, viajavam num Seat Ibiza onde seguia a droga, posteriormente a investigação apurou que houve um terceiro carro envolvido no transporte, um BMW que pertencia ao arguido luso.
Dada a perigosidade dos três indivíduos, a GNR reforçou a operação com operacionais do Destacamentos de Trânsito e de Investigação do Comando Territorial de Beja (CTBeja) e da Secção de Informações e Investigação Criminal do CTBeja e CTFaro.
Teixeira Correia
(jornalista)
