Será mesmo necessário encerrar por 21 meses o troço Casa Branca-Beja?. Foi uma das questões colocadas pelos Deputados do Partido Socialista.
Nelson Brito, Hugo Costa e Ricardo Pinheiro dirigiram um conjunto de perguntas ao Ministro das Infraestruturas e Habitação relacionadas com o anunciado encerramento da linha ferroviária do Alentejo, entre Casa Branca e Beja, durante as obras de modernização.
No texto de enquadramento às questões levantadas ao Governo, os eleitos do PS na Assembleia da República sublinham que a modernização das infraestruturas ferroviárias é “essencial para o desenvolvimento das regiões” mas dizem temer o encerramento da linha Casa Branca – Beja durante 21 meses conforme está previsto no plano da Infraestruturas de Portugal.
Para o documento foram vertidas as preocupações manifestadas pelas populações e pelos autarcas, ouvidos pelos Deputados do PS, que receiam que este encerramento venha a ser prolongado além dos 21 meses o que causaria graves inconvenientes a todos os que utilizam o comboio na linha do Alentejo.
Os Deputados pretendem conhecer os estudos técnicos que sustentam a necessidade de encerramento total da linha e questionam sobre a possibilidade de realização da obra sem a suspensão total do troço Casa Branca – Beja, solução já implementada em outras intervenções semelhantes no País.
O Ministro das Infraestruturas e Habitação é ainda interrogado sobre a existência de planos de investimento adicionais que incluam a reabertura do troço Beja – Funcheira e a ligação ferroviária ao Aeroporto de Beja.
Recorde-se que o esclarecimento sobre o encerramento da ferrovia foi dado pelo presidente do Município de Beja, em reunião de Câmara, em que Paulo Arsénio explicou que “Beja vai ficar dois anos, previsivelmente entre 2027 e 2029, sem comboios para Lisboa. A interrupção vai ocorrer durante o período em que vão decorrer as obras de eletrificação da linha ferroviária Beja-Casa Branca”, concluiu.