O movimento “Unidos por Mértola e pelas Pessoas” defende a criação de uma praia fluvial das Azenhas do Guadiana. Jorge Rosa, presidente da Câmara, afirma que “é um espaço com história, que não deve ser artificializado”. Sobre o movimento o autarca diz ser “sem imaginação e enganador”.
No sábado o Movimento Unidos por Mértola e pelas Pessoas, ouviu a população local que habitualmente frequenta a zona das Azenhas do Guadiana e os muitos turistas que a procuram sobre o que é necessário fazer naquele espaço natural fantástico, para criar melhores condições de usufruto e segurança e, simultaneamente, preservar os valores ambientais, “concluiu que é necessário criar uma Praia Fluvial, cumprindo todas as normas previstas na legislação nacional e comunitária”.
Segundo o movimento “previamente a esta iniciativa para recolha de opiniões e sugestões dos utilizadores, o Movimento falou com os proprietários dos terrenos para analisar e ter em conta os projetos privados previstos para as áreas anexas”.
“Muitos dos intervenientes locais manifestaram o seu descontentamento pela pouca atenção que a Câmara Municipal dispensa a esta área turística e de lazer, a qual conta com cada vez maior procura por parte da população local e visitantes. O resultado desta audição da população será oportunamente divulgado e integrado no programa que o Movimento irá apresentar nas próximas eleições autárquicas”, justificou o movimento Unidos por Mértola e pelas Pessoas.
Instado a comentar as afirmações do movimento, Jorge Rosa, presidente da Câmara Municipal de Mértola referiu que: “sobre a Requalificação das Azenhas do Guadiana, existe um projeto que está a ser feito pelo município para requalificação de toda a frente ribeirinha, incluindo este espaço das Azenhas do Guadiana, que tem sido sucessivamente melhorado. Este espaço foi sempre usado pelos mertolenses como local de lazer e banhos, mas também como moinhos de água e zona de pesca. É um local com grande história, que merece ser preservado, com qualidade, e não artificializado com infraestruturas que estão agora na moda, mas que retiram valor natural, biodiversidade, e massificam os locais duma forma insustentável”.
O autarca mertolense deixa fortes críticas ao movimento que diz ser “sem imaginação e enganador”.
“Em relação ao Movimento Unidos por Mértola, dizer que é um movimento sem imaginação e enganador, na medida em que as sugestões que vai apresentado, são “copiadas” do trabalho em desenvolvimento pela autarquia, pois dado que quase todos são funcionários e conhecem obviamente os processos, vão sugerindo e vão-se fazendo donos de ideias e projetos que não são deles. Fizeram isso por exemplo quando lançamos a 2ª fase do programa de apoio aos empresários, fizeram isso agora, e têm feito por mais vezes, bastando olhar para as suas publicações”, acusações de Jorge Rosa, presidente da Câmara de Mértola.
Teixeira Correia
(jornalista)