A foragida foi capturada pela PJ de Vila Real anteontem, em Moura, onde passava férias. Desde o início deste ano, a Polícia Judiciária já prendeu 34 pessoas alvo de Mandado de Detenção Internacional (MDE), com vista a extradição.
Advogada de profissão, a mulher foi condenada há cerca de 15 dias, a 25 anos de prisão, no Brasil, por ter encomendado a morte do marido (ambos na foto). Tinha-se instalado em Portugal há cerca de três anos. Com título de residência legal, residia na Maia, onde vivia da produção de bolos caseiros.
Na Maia, a advogada levaria uma vida discreta e chegou a ir de férias com familiares para Moura, onde foi localizada e detida pela PJ de Vila Real, que deve levá-la hoje ao Tribunal da Relação do Porto.
De acordo com fonte da PJ, de janeiro a agosto do ano passado, esta polícia localizou e deteve em território nacional 29 pessoas procuradas por tribunais de todo o Mundo. Este ano, o valor já aumentou para 34 foragidos que eram procurados no âmbito de investigações ou para cumprimento de pena.
É o caso de Francismara Vasconcelos Machado. No passado dia 13 de agosto, a advogada foi condenada a 25 anos de prisão, pelo Tribunal de Vacaria, um município do Rio Grande do Sul. A juíza e os jurados deram como provado que a mulher, de 50 anos, encomendou a morte do companheiro, Mateus Pereira de Campos, que era motorista de TVDE. A vítima foi assassinada a tiro, em 2019. O corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição, 15 dias após o seu desaparecimento ter sido comunicado às autoridades locais perto do local onde o seu carro tinha sido incendiado, numa estrada de Campestre da Serra. De acordo com a Imprensa local, a vítima apresentava marcas de tortura, tinha as mãos atadas e fora baleada duas vezes.
O executante, um cadastrado conhecido pela alcunha de “Gato” foi sentenciado com 29 anos de prisão, um terceiro arguido foi absolvido e um quarto beneficiou de uma separação do processo, sendo julgado à parte. Francismara, que garante inocência, nunca compareceu no julgamento, mas era defendida por um advogado. Há três anos, instalou-se na Maia, onde trocou a advocacia pela produção de bolos caseiros. No dia da condenação, a Justiça brasileira emitiu um MDE e a mulher passou a ser alvo de uma “Red Notice” da Interpol, acionando a cooperação internacional.
Notícia e Foto: Jornal de Notícias (JN)