A Camposol, empresa sediada numa herdade próxima de Vila Nova de Milfontes, deu entrada com um processo judicial contra a Associação de Regantes, a Direção Geral e o Ministério da Agricultura.
O processo entrado no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Beja tem o valor de 434. 668,39 euros e tem como réus, a Associação de Regantes do Mira (ARM), Direção Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR) e Ministério de Agricultura (MA), estando em causa um pedido de indemnização e outros processos cautelares, nomeadamente, um pedido de indemnização.
Segundo apurou o Lidador Notícias (LN) junto de fonte conhecedora do processo em causa está o suprimento, a partir de determinado consumo, do fornecimento de água à empresa feito pela ARM.
“Na Assembleia-Geral de dezembro da ARM ficou definido perante os associados, que a Camposol integra, que serão fornecido 1.000 metros cúbicos por hectare, a determinado preço e até 2.000 metros cúbicos por hectare a um preço superior, sendo que a partir daqui seria suprimido o fornecimento, por questões de poupança, o que terá sucedido com a empresa”, justificou a nossa fonte.
Dada a grande dimensão da área de produção, 630 hectares, e o tipo de rega, mais intensiva, a empresa ter-se-á sentido prejudicada e recorreu aos tribunais, tendo fonte ligada aos mesmos, justificado que o processo “visa travar as decisões dos réus, está em segredo de justiça e não foi ainda contestado pelas partes acionadas ARM, DGADR e MA”, justificaram.
O que é a Camposol
De acordo com a página na internet, a Camposol apresenta-se como uma empresa líder na produção de tapetes de relva e hortícolas na indústria portuguesa.
A área de produção é de 630 Ha, dos quais cerca de 200 Ha são de tapete de relva, que são cultivadas para uso em projetos ornamentais como parques, jardins e espaços desportivos, tais como estádios de futebol e campos de golfe, em solo arenoso na costa Sudoeste de Portugal, no coração do Parque Natural da Costa Vicentina. Os Invernos amenos permitem produção durante todo o ano com água fresca proveniente da barragem de Santa-Clara.
Ao nível das hortícolas, a empresa produz: Salsa de raiz em molhos, granel e frisada (120 ha), cenouras em molhos, granel e baby (80 ha), batatas nas variedades brancas e vermelhas (50 ha), rabanetes (40 ha), abóbora manteiga (40 ha), abóbora Hokaido (30 ha), nabo (30 ha), aipo com e sem folhas (20 ha) e batata doce nas variedades branca e laranja (20 ha).