Um cidadão moldavo foi acusado pelo Ministério Público (MP) de Odemira, de dois crimes de violência doméstica agravada, praticadas contra a companheira e a filha do casal, com 4 anos, e começa hoje a ser julgado no Tribunal de Beja.
Gheorghe Ciorci, de 35 anos, em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja desde 20 de outubro do ano passado, chegou a Portugal com a sua companheira há 7 anos, passando a viver em São Teotónio, concelho de Odemira, tendo em 2020, nascido uma menina filha de ambos.
Constantemente alcoolizado, Gheorghe, demonstrou os primeiros sinais de violência para com a companheira, pouco depois do nascimento da criança, e por achar que aquela matinha relações com outros homens, apontou uma faca de cozinha à zona do abdómen, ameaçando que a cortava.
A partir de setembro do ano passado as situações de violência doméstica para com a mulher, sempre na presença da filha, começaram a repetir-se, o que obrigava a que os vizinhos tivessem chamado a GNR por diversas vezes. Mesmo na presença dos guardas, o arguido não parava os insultos e as ameaças. Numa das situações de agressão, a vítima foi transportada para o Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém, e depois transferida para o Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
A situação que esteve na origem da sua detenção e posterior colocação em prisão preventiva ocorreu no dia 18 de outubro de 2024. Estando desempregado e para alimentar o vicio do álcool, Gheorghe apoderou-se do dinheiro que a mulher ganhava no trabalho e destinado a pagar as despesas da casa. Confrontada com o facto e as constantes ameaças, a mulher avisou o arguido que ia viver para outra casa com a filha, o que gerou uma reação agressiva do inidivíduo, que só cessou com a presença dos militares da GNR.
Gheorghe Ciorci vai ser julgado por um Coletivo de Juízes do Tribunal de Beja, e além da pena de prisão em que incorre, o MP requereu que seja arbitrada uma indemnização a cada uma das ofendidas.
Condenação por violência doméstica de cidadão búlgaro em Odemira.
Yordan Zhirvrov, de 58 anos, foi condenado no passado dia 13 de maio, em cúmulo jurídico, a 5 anos e 4 meses de prisão pelos crimes de violência doméstica e lenocínio, ambos agravados, praticados contra a companheira, explorada com fins sexuais.
O cidadão búlgaro, foi condenado a duas penas de prisão: 3 anos e 6 meses pelo primeiro dos crimes e 3 anos pelo segundo. O arguido foi ainda condenado a pagar 5.000 euros à vítima e proibido de contactar com a mesma durante cinco anos.
O arguido obrigava a mulher a manter relações sexuais contra a sua vontade com terceiros, a quem ela tinha que cobrar 50 ou 60 euros por cada ato, na casa de ambos em Vila Nova de Milfontes e levada para uma casa de alterne.
Teixeira Correia
(jornalista)
