A megaoperação da PJ em que executou 100 mandados de busca desenrolou-se também na região de Beja. Não envolve o RI1. Há um detido na Escola da Guarda em Portalegre.
Segundo um comunicado da Polícia Judiciária (PJ) publicado na sua página, na sequência de um inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, no âmbito da Operação Miríade foram executados 100 mandados de busca e 10 detenções.
A PJ revelou que ação das autoridades desenvolveu-se nas regiões de Beja, Lisboa, Funchal, Bragança, Porto de Mós, Entroncamento, Setúbal, Portalegre e Faro e entre as 100 buscas, 95 foram domiciliárias e cinco foram não domiciliárias.
Segundo apurou o Lidador Notícias (LN), as buscas efetuadas na região de Beja não envolvem militares do Regimento de Infantaria 1 (RI 1), tratando-se de militares no ativo ou antigos operacionais do Regimento de Comandos, sediado na Carregueira.
Em comunicado recebido do Gabinete de Relações Públicas da Guarda Nacional Republicana (GNR), é referido que: “relativamente ao assunto em epígrafe, informa-se que hoje, 08 de novembro, foi detido pela Polícia Judiciária, um Guarda-Provisório em formação, desde junho de 2021, no 44.º Curso de Formação de Guardas em Portalegre, o qual ingressou na formação proveniente das Forças Armadas. A Guarda mostra total disponibilidade para colaborar com a Polícia Judiciária, na investigação em curso”.
Em causa está a investigação a uma rede criminosa com ligações internacionais e que “se dedica a obter proveitos ilícitos através de contrabando de diamantes e ouro, tráfico de estupefacientes, contrafação e passagem de moeda falsa, acessos ilegítimos e burlas informáticas”, com vista ao branqueamento de capitais.
Sob a coordenação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção, a operação teve ainda o apoio de diversas unidades da PJ e da Autoridade Tributária, juntamente com o juiz de Instrução Criminal e magistrados do Ministério Público (MP).
Teixeira Correia
(jornalista)
