Onze detidos pela prática de diversos crimes violentos, é o resultado da “Operação Pelourinho” levada a cabo na tarde desta terça-feira, agentes da Esquadra de Investigação Criminal (EIC) da PSP de Beja, que culmina mais de um ano de um longo trabalho de investigação.
Entre os detidos estão quatro jovens que integram um grupo violento de Beja, autodenominado Tchubas composto por uma dúzia e meia de elementos, que já tem oito dos seus membros a cumprirem prisão efetiva ou estão em preventiva, na esmagadora maioria dos casos, por tentativas de homicídio com armas brancas.
Os suspeitos, 7 homens e 4 mulheres, com idades compreendidas entre os 17 e os 44 anos, dez portugueses e um brasileiro, foram detidos fora de flagrante delito, e são suspeitos da prática de crimes como o tráfico de estupefacientes, roubo, burla e ofensa à integridade física.
As detenções ocorreram em diversos locais da cidade, sendo o mais relevante a Praça da República onde existe um monumento histórico da cidade, denominado Pelourinho, que deu nome à operação. Os agentes da EIC deram cumprimento a 11 mandados de detenção fora de flagrante delito, que teve como primeiro alvo oito buscas domiciliárias.
A operação contou também com a participação de agentes da Unidade Especial de Polícia (UEP), através do Corpo de Intervenção e Grupo Operacional Cinotécnico de Cascais e Abrantes e de elementos de todas as subunidades do Comando Distrital de Beja, num total de 80 operacionais.
Tchubas, um grupo muito violento
O líder, Nancanique Salumé, de 22 anos, foi condenado pelo Tribunal de Beja, em cúmulo jurídico a 9 anos de prisão, pelos crimes de homicídio qualificado na forma tentada e tráfico de estupefacientes de menor gravidade.
Em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional Leiria-Jovens desde 7 de julho de 2023, o indivíduo foi condenado em maio do ano passado a 8 anos de prisão por ter tentado matar um homem que “considerou tratar-se de um elemento de um órgão policial”.
Por acórdão transitado em julgado em 18 de dezembro de 2023, quando já estava em prisão preventiva, foi condenado a uma pena de dezoito meses de prisão, suspensa na execução, pela prática de um crime de tráfico de estupefacientes de menor gravidade.
No passado dia 7 de fevereiro foi presente a um Coletivo de Juízes do Tribunal de Beja para efetivação do cúmulo jurídico das duas penas parcelares, tendo sido condenado a 9 anos de prisão.
Teixeira Correia
(jornalista)