PSD: Bejense Maria na Graça Carvalho no “Governo Sombra” de Rui Rio.


Rui Rio decidiu integrar no seu Governo sombra seis ex-ministros dos executivos de Cavaco Silva e Durão Barroso. A bejense Maria da Graça Carvalho, antiga ministra do Ensino Superior, Ciência e Tecnologia, foi a escolhida para essa pasta.

Dos 32 elementos que compõem o Conselho Estratégico Nacional (CEN), oito são independentes. A pasta das finanças, que fica a cargo de Álvaro Almeida, vai dividir a sede entre o Porto e Lisboa. Rio foi buscar seis ex-ministros de Governos PSD, entre eles Maria da Graça Carvalho, que integrou o Executivo de Durão Barroso.

Presidido pelo ex-ministro da Educação David Justino, que também tem sob sua alçada a coordenação da pasta da Educação, Cultura, Juventude e Desporto, o CEN só vai ter três deputados – José Matos Correia, que vai coordenar a Segurança Interna e Proteção Civil, Ricardo Batista Leite, que será porta-voz da área da Saúde, e Cristóvão Norte, porta-voz dos Assuntos do Mar. Outros dois deputados, António Leitão Amaro e Bruno Coimbra, serão vices de Justino.

São nove mulheres, das quais apenas quatro são coordenadoras e as restantes porta-vozes. Entre as 16 pastas, surge Isabel Meireles, a vice-presidente de Rio que assume os Assuntos Europeus, Ana Isabel Miranda, com o Ambiente, Energia e Natureza, Regina Salvador, com os Assuntos do Mar, e Maria da Graça Carvalho, para o Ensino Superior, Ciência e Tecnologia.

Rio foi buscar seis ex-ministros de Governos PSD: Ângelo Correia, do Executivo de Pinto Balsemão; Arlindo Cunha, Silva Peneda, que estiveram com Cavaco Silva; e ainda Luís Filipe Pereira, David Justino e Maria da Graça Carvalho, que integraram o Executivo de Durão Barroso.

Segundo o líder do PSD, que apresentou esta quinta-feira o CEN na sede nacional do partido, em Lisboa, a média de idades é de 60 anos para os coordenadores e de 45 para os porta-vozes, o que – frisou Rio – trata-se de uma renovação. O presidente social-democrata apontou que o CEN terá como responsabilidade elaborar o futuro programa eleitoral do partido e poderá já vir a ter a sua primeira reunião a 21 de abril.

As outras áreas dividem-se por alguns ex-ministros, autarcas e estreantes nas lides políticas. As Relações Externas caberão a Tiago Moreira de Sá, as Finanças Públicas estão nas mãos de Álvaro Almeida, a Reforma do Estado, Autonomias e Descentralização ficam para o autarca Álvaro Amaro, a Defesa Nacional com Ângelo Correia, a área da Justiça, Cidadania e Igualdade coube ao independente Licínio Lopes Martins, José Matos Correia assume a Segurança Interna e Proteção Civil, já a área da Agricultura, Alimentação e Florestas será coordenada por Arlindo Cunha. Depois as Infraestruturas e Coesão do Território couberam a Falcão e Cunha, a Economia, Trabalho e Inovação será responsabilidade de Rui Vinhas da Silva – outro independente -, a Saúde fica com o ex-ministro Luís Filipe Pereira, a Solidariedade e Sociedade de Bem-Estar com Silva Peneda.

O Conselho Estratégico irá ainda desdobrar-se a nível distrital, com um formato idêntico, mas que pode não vir a incluir algumas as áreas temáticas em todos os distritos.

Outras das características deste Governo sombra é a descentralização de determinadas coordenações. Duas ficam no Porto: a área das Infraestruturas e a da Solidariedade. Aveiro acolherá uma só – a do Ambiente. A Agricultura será trabalhada a partir de Viseu. E Coimbra recebe, tal como o Porto, outras duas: a Reforma do Estado e a Justiça. As Finanças Públicas dividem-se entre Norte e Sul, já que o coordenador Álvaro Almeida estará no Porto e o porta-voz, Joaquim Sarmento, em Lisboa. Todas as outras nove áreas ficam em Lisboa.


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