Refugiados: Governo estuda projeto com autarquias para substituir trabalhadores sazonais.


As autarquias no Sul, Oeste, Beira Interior e Trás-os-Montes poderão ser zonas piloto para um projeto de substituição de trabalhadores sazonais por famílias de refugiados. O Governo diz que há também contatos com empresários dessas regiões.

OURIQUE- Furto azeitona_800x800Os projetos-piloto estão a ser estudados “com as autarquias, mas também com os empresários da zona em causa” para intervir em locais da zona Sul, Oeste, Beira Interior e Trás-os-Montes, onde “há atividades hoje desenvolvidas com recurso a trabalhadores sazonais”, informou o ministro-adjunto Eduardo Cabrita.

O Governo está a estudar “a formar de substituir gradualmente essa sazonalidade, em que em cada ano corresponde a uma nacionalidade diferente, por uma presença que corresponda a uma inclusão, a uma fixação de famílias nessas zonas em que há carências significativas de mão-de-obra e que correspondem, na maior parte dos casos, a zonas de baixa densidade”, vincou o ministro-adjunto.

A ideia, sublinhou, é atrair trabalhadores em áreas em que Portugal “tem mão-de-obra sazonal imigrante”, substituindo essa sazonalidade por “famílias que, com caráter de permanência, estejam disponíveis a integrar-se na sociedade portuguesa”.

“É um grande esforço nacional, que une a sociedade portuguesa e manifesta o melhor do nosso sentimento de um país solidário, mesmo em tempos de dificuldades”, vincou Eduardo Cabrita, que falava aos jornalistas no final de uma visita à Escola de Penela, em que contactou com as crianças sírias e sudanesas que estão há três meses a viver neste concelho do distrito de Coimbra.

Esta sexta-feira, o primeiro-ministro, António Costa, já tinha referido a possibilidade de refugiados poderem trabalhar no setor agrícola, onde a mão-de-obra é normalmente preenchida por migrantes de origem asiática.


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