Serpa: Escravatura laboral. Autarquia reage e nega.


A Câmara Municipal de Serpa reagiu em comunicado à revelação feita há alguns dias por um estudante moldavo, de que existia naquele concelho “um grupo de 200 moldavos escravizados”, assegurando que não conhecimento do facto.

A edilidade começa por justificar que “teve conhecimento, pela comunicação social”, da alegada existência de um grupo de escravizados, assegurando que “apesar de não ter competências fiscalizadoras, contactou Juntas e Uniões de Freguesia do concelho, a GNR e a Associação Rota do Guadiana, para se inteirar da questão” e garante que “até ao momento, nenhuma das instituições contactadas tem conhecimento de qualquer facto sobre esta matéria”.

A Câmara Municipal de Serpa recorda que “é desde 2016, parceira no Contrato Local de Segurança, entidade que junta Ministério da Administração Interna e tem vindo a denunciar a falta de investimento por parte do MAI na promoção do acolhimento e integração da população migrante no concelho de Serpa”, remata.

Recorde-se que no passado dia 21 de abril, Catalin Schitco, estudante universitário de 20 anos, de origem moldava e residente em Portugal há mais de 18 anos revelou no Twitter que “fui abordado por uma moradora de uma aldeia em Serpa, avó de uma amiga próxima, que me contou a história. Falou comigo pela notoriedade que sabe que tenho aqui e na política”.

O Lidador Notícias (LN) contatou então o Comando-Geral da GNR que justificou que “não tem registo de denúncias ou de ocorrências relacionadas com o descrito, na zona de Serpa”, acrescentando que “a Guarda teve conhecimento de uma publicação de uma rede social com factos idênticos à questão colocada no email, sendo a mesma objeto de envio ao Ministério Público”, concluiu a instituição.

Teixeira Correia

(jornalista)


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