“O Hospital de São Paulo, em Serpa, vai ser alvo de um investimento de 3,7 milhões de euros para que ainda este ano tenha o Bloco Operatório a funcionar”, revelou o secretário de Estado da Saúde, no final da iniciativa do programa “Saúde Aberta” que decorreu na segunda-feira em Beja.
Em exclusivo ao Lidador Notícxias (LN), Ricardo Mestre referiu que o compromisso do Governo está em “garantir” que a Santa Casa da Misericórdia de Serpa (SCMS) que gere aquela unidade de saúde “assegure a sua parte do contrato e nós conseguirmos garantir o apoio médico às populações”, justificou.
Para que tal acontece, o governante concretizou que “está a ser analisado um apoio monetário para que a Misericórdia tenha uma situação financeira estabilizada e concluída a aprovação de um investimento no valor de 3,7 milhões de euros para financiar o Bloco Operatório”, resumiu.
Natural de Serpa, o secretário de Estado da Saúde, recordou que o Hospital de São Paulo “foi devolvido à SCMS em 2014, mas por dificuldades pontais de dinheiro, tem tido complicações em cumprir os diversos protocolos que o hospital tem com várias entidades do sector da saúde”, lembrou.
O governante recordou ainda que “há muitos anos que não há doentes operados no Hospital de São Paulo e queremos pessoas a serem sujeitas a cirurgias naquela unidade até ao final do corrente ano”, rematou.
Quanto à situação financeira da Misericórdia, no que diz respeito à garantia dos serviços do hospital e também na liquidação de vencimentos aos seus profissionais, Ricardo Mestre revelou que “está a ser feita pela Segurança Social uma análise muito fina para perceber quais as necessidades para garantir a sustentabilidade e cumprir-se o contrato até final de 2024”.
Sobre a gestão do hospital por parte da Misericórdia, o secretário de Estado da Saúde justificou que
“estamos empenhados em que haja uma profissionalização da sua gestão. Esse é o nosso foco. Depois vamos analisar as pessoas e até 2024 teremos uma ideia sobre o que será o futuro do Hospital de São Paulo”, garantiu.
Na passada sexta-feira Serpa e a sua unidade hospitalar voltaram a ser notícia pelas piores razões, quando um homem de 60 anos morreu à porta do Serviço Urgência, que estava fechado, enquanto aguardava pela chegada de um médico.
Teixeira Correia
(jornalista)