TECNOCRÓNICA (Opinião de Ademar Dias): Inteligência Artificial, censura, música e monstros.
A Inteligência Artificial (IA) afirma-se como uma das grandes tendências da indústria tecnológica e é considerada um motor de mudança em praticamente todas as áreas, desde a domótica às empresas e aos negócios.
De acordo com um estudo da Accenture, a IA vai ter um impacto significativo sobre os negócios e tem o potencial para duplicar a taxa de crescimento económico anual em 2035 e aumentar a produtividade dos trabalhadores e dos negócios até 40%.
Além disso, o estudo indica que as economias mais desenvolvidas são as que mais vão beneficiar da IA, uma vez que vai permitir aos trabalhadores utilizarem o seu tempo de forma mais eficiente.
A organização salienta que é preciso criar legislação que consiga acompanhar os desenvolvimentos tecnológicos e apostar na devida integração desta tecnologia no mundo, minimizando potenciais impactos negativos.
O relatório “Freedom on the Net 2016”, que abrangeu 65 países e 88% da população com presença online, indica que 2016 é o sexto ano consecutivo de diminuição das liberdades digitais e coloca a China no topo da lista dos países que mais censura a internet, seguida pela Síria e pelo Irão.
De acordo com a organização das liberdades civis Freedom House, dois terços dos utilizadores da internet vivem sob regimes censórios e o WhatsApp é uma das aplicações mais lesadas pelos governos não-democráticos. Devido ao seu algoritmo de encriptação de mensagens, esta app já se tornou bastante popular entre defensores dos direitos humanos, e por isso foi já bloqueada em vários países.
Sanja Kelly, co-autora do relatório, acredita que os jornalistas, os defensores dos direitos humanos e as comunidades marginalizadas são quem mais sofre com o bloqueio destas apps.
Dados da organização mostram que este ano 24 governos bloquearam ou limitaram o acesso a redes sociais e a apps de comunicação, face aos 15 governos registados em 2015.
Da censura para as notícias falsas destacamos a intenção das tecnológicas cortarem receitas de publicidade a sites que ajudem a propagar notícias falsas.
A Google comprometeu-se a dar luta à propagação de notícias falsas no seu motor de busca que possam ajudar a disseminar informação falsa. Horas depois, o Facebook uniu-se à tecnológica de Mountain View no mesmo objetivo.
O método de combate será o mesmo para as duas empresas tecnológicas, nomeadamente barrar esses sites e páginas da sua rede de anunciantes e cortar-lhes os rendimentos de publicidade.
A reação das duas empresas tecnológicas surge depois de serem apontadas críticas pelos internautas à forma como as notícias falsas de propagam nas suas plataformas.
A Google quer distinguir o seu serviço de streaming de música pelas suas funcionalidades.
Como tal, o Play Music tem agora uma série de novidades que o tornam mais inteligente, arriscando-se até a prever a música que o utilizador quer ouvir a seguir.
Segundo o Business Insider, as recomendações levam em conta não só a altura do dia mas também a localização para que a sugestão seja o mais relevante possível.
Não se espera que o Google Play Music acerte sempre, uma vez que a inteligência artificial desta aplicação necessita aprender com o tempo os gostos e preferências do utilizador.
Ainda na música é tempo de revelarmos quem lucrou mais com concertos em 2016.
A Pollstar, uma revista para agentes e promotores musicais, publicou recentemente a lista dos artistas que mais lucraram com os seus concertos em 2016.
No primeiro lugar surgem os regressados Guns N’ Roses e o pódio completa-se com Bruce Springsteen e Beyoncé.
A dezena de concertos mais lucrativos de 2016 ficam assim ordenados, do número um ao dez: Guns N’ Roses, 5 milhões de euros p/ concerto; Bruce Springsteen & the E Street Band, 4,9 milhões; Beyoncé, 4,5 milhões; Adele, 4 milhões; Coldplay, 3,6 milhões; Kenny Chesney, 3,2 milhões; Justin Bieber, 2,3 milhões; Kanye West, 2,3 milhões; Drake, 2,1 milhões; e Luke Bryan, 1,5 milhões.
Terminamos com o cinema e como estreia da semana destacamos o filme “Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los”.
Eddie Redmayne, Ezra Miller e Colin Farrell são os protagonistas desta película realizada por David Yates e que remete para o universo mágico de J. K. Rowling.
“Monstros Fantásticos e Onde Encontrá-los” começa em 1926, quando Newt Scamander termina a sua excursão global para encontrar e documentar um extraordinário leque de criaturas mágicas. Chegado a Nova Iorque para uma rápida estadia, poderia ter passado despercebido se não fosse um SemMage chamado Jacob, uma mala mágica extraviada e a fuga de algumas das suas criaturas fantásticas, que vão lançar problemas quer ao mundo dos feiticeiros quer ao dos SemMages.
Espreite o trailer em https://www.youtube.com/watch?v=3N_IMboMUKA