TECNOCRÓNICA (Opinião de Ademar Dias): RGPD, criminalidade e outros temas em destaque.


O novo RGPD – Regulamento Geral de Proteção de Dados – ainda é uma novidade para muitos de nós, por isso é importante que cada um saiba quais são os seus direitos na proteção dos dados pessoais.

Ademar Dias

Jornalista

Rádio Horizonte Algarve/ Tavira

As novas regras de Proteção de Dados já entraram em vigor, pelo que as empresas e outras organizações estão agora obrigadas a notificar os seus clientes sobre o tratamento de dados. As novas medidas são aplicadas a todos os serviços digitais, sejam bancários, compras na internet, redes sociais ou assuntos ligados ao Estado, como as declarações de impostos, mas também dentro das empresas, às informações relativas aos colaboradores.

E afinal, neste âmbito, sabe quais são os seus direitos enquanto cidadão?

Tem o direito de saber quem trata o quê e porquê em linguagem clara e simples; tem o direito de aceder aos seus dados; tem o direito de se opor; tem o direito de corrigir os seus dados; tem o direito de pedir para ser esquecido; tem o direito de dar a sua opinião caso as decisões sejam automatizadas; e tem o direito de pedir para transferir os seus dados.

Esclarecido?

Notícias positivas chegam-nos do outro lado do mundo com uma análise da Universidade Nacional da Austrália a estabelecer uma relação de sucesso entre a utilização crescente da internet e a redução nos índices de criminalidade juvenil.

Segundo o estudo, a internet está mesmo a influenciar positivamente os índices de criminalidade juvenil. No estado australiano de Nova Gales do Sul, que serviu como objeto de análise, os internautas mais jovens estão a trocar as ruas pelo Facebook e pelo Netflix.

A equipa de investigação comparou os registos criminais dos cidadãos com idades compreendidas entre os 10 e os 21 anos, com o arquivo de atividades criminais praticadas por indivíduos nascidos em 1984, durante o período em que tinham estas mesmas idades.

A pesquisa mostra que, aos 21 anos, a proporção da população que teve contacto com o sistema de justiça criminal desceu. A queda foi abrupta em alguns segmentos, como é o caso do roubo de veículos (menos 59%), do assalto a casas (menos 59%) e da condução sob o efeito álcool (menos 49%). No que toca aos delitos relacionados com o consumo de drogas, a redução de ocorrências foi de 22%, no vandalismo de propriedades públicas e privadas registou-se uma queda de 56%, já os crimes violentos caíram 32%.

A Google revelou que a nova versão do Gmail vai estar disponível para todos os utilizadores do serviço de correio eletrónico em julho, sendo que a atual versão deixa de estar disponível em outubro deste ano.

Segundo o Mashable, a nova versão já está disponível para um conjunto limitado de utilizadores do Gmail, sendo que os mesmos podem optar por experimentar a nova versão ou continuar a usar a mais familiar até deixarem de ter essa oportunidade.

O novo Gmail está repleto de funcionalidades que valem a pena experimentar como é o caso de respostas sugeridas automaticamente ou e-mails que são eliminados automaticamente.

Experimentar já ou resistir à versão mais recente do Gmail, eis a questão.

É daqueles que acha que a música já não é o que era? Ou, no limite, que a música de hoje não presta?

Pelos vistos a ciência pode validar as afirmações de quem julga que se fazia melhor música há 50 anos.

Um estudo do Conselho Superior de Investigações Científicas de Espanha analisou mais de 500 mil gravações (focou-se o período entre 1955 e 2010), através de uma série de algoritmos. A complexidade harmónica de cada canção, a diversidade de timbre e o volume foram os elementos avaliados.

Os resultados mostram que se tem assistido a uma queda abrupta no timbre das canções, cujo pico se encontra nos anos 60. O facto de a grande maioria das canções pop de hoje em dia serem construídas com recurso aos mesmos instrumentos (teclados, drum machine, sampler e computador) não ajuda.

Veja a explicação completa em https://www.youtube.com/watch?v=oVME_l4IwII

E nos videojogos, com esta geração de consolas cada vez mais próxima do final, o falado fim das consolas voltou a ser falado, desta vez pelo CEO da Ubisoft.

Yves Guillemot acredita que as consolas serão substituídas por serviços streaming de videojogos, semelhantes a serviços como o Spotify para a música e Netflix para filmes e séries. O dirigente baseia a ideia nos grandes avançados na tecnologia e que num futuro próximo poderemos desfrutar de videojogos desta forma sem atrasos.

“Haverá mais uma geração de consolas e depois disso, estaremos no streaming, todos nós”, disse Guillemot.

No entanto, o CEO da Ubisoft diz uma coisa que eu questiono: “eventualmente a tecnologia vai melhorar dramaticamente e poderemos ter uma experiência suave nas grandes cidades do mundo”. … Então… e nas pequenas cidades?

No cinema, “A Cada Dia” (“Every Day” no título original) é o filme que sugerimos esta semana.

Não há nomes de relevo nem na realização (Michael Sucsy), nem no elenco (Angourie Rice, Justice Smith e Debby Ryan), mas a história desta película já foi distinguida.

“A Cada Dia” é baseado no aclamado best-seller homónimo do New York Times escrito por David Levithan e conta a história de Rhiannon, uma rapariga de 16 anos que se apaixona por uma misteriosa alma chamada “A”, que cada dia ocupa um corpo diferente. Sentido uma ligação ímpar, Rhiannon e “A” todos os dias se esforçam para se encontrarem, desconhecendo o quê ou quem o novo dia trará.

Trailer em https://www.youtube.com/watch?v=aC4dch8wJpE


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