Um Coletivo de Juízes do Tribunal de Beja condenou na sexta-feira, a penas efetivas de prisão, entre os 5 anos e 6 meses e os 6 anos, os quatro indivíduos que em junho de 2023 foram apanhados na Autoestrada do Sul (A2), quando regressavam de Espanha, com 32.336 doses de canábis.
Dos quatro arguidos, somente dois compareceram à leitura do acórdão e nas sessões do julgamento somente um dos acusados se dispôs a falar, e acabou por ser um dos dois que apanhou a pena mais baixa. Esteve indivíduo esteve em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional de Beja durante um ano, mas, com o regresso dos autos à fase de instrução, foi ultrapassado o prazo máximo daquela medida de coação e acabou libertado.
Na leitura do acórdão, a presidente do Coletivo justificou que “esta Comarca é um ponto central de julgamento de tráfico de droga com características internacionais, como aquele em que os arguidos foram apanhados”, justificou.
Os traficantes, que há alguns meses estavam a ser seguidos pelos militares do Núcleo de Investigação Criminal (NIC) da GNR de Aljustrel, foram detidos na A2, na zona daquela vila alentejana quando regressavam de Espanha em dois automóveis.
O veículo da frente, um VW preto que fazia de “batedor”, onde viajavam três dos arguidos, tinham na sua posse 12,464 gramas de cannabis e 830 euros em numerário, enquanto que num Mercedes branco, que viajava 10 quilómetros mais atrás, foram encontrados dois pacotes com 11.950 gramas de canábis e 45 euros em numerário. Além do estupefaciente, foram ainda apreendidos 7 telemóveis e os dois veículos, além de outros apetrechos ligados ao tráfico.
Os arguidos ficam em liberdade a aguardar o trânsito em julgado do acórdão, que merecerá da parte de todos os arguidos o recurso para o Tribunal da Relação de Évora (TRE) visando baixa a pena e conseguir a suspender a execução da mesma.
Teixeira Correia
(jornalista)
