Foi condenado a 5 anos de prisão, em cúmulo jurídico, ficou em liberdade porque a pena foi suspensa pelo mesmo período.
Um cidadão britânico que esfaqueou duas pessoas junto a um café na aldeia de Trindade, concelho de Beja, foi condenado a cinco anos de prisão, suspensa pelo mesmo período. O Coletivo de Juízes do Tribunal de Beja considerou que “não houve intenção de matar” deixando cair os crimes de homicídio na forma tentada e John Clarke, de 30 anos, que estava em prisão preventiva ficou em liberdade.
O arguido foi absolvido de um crime de resistência e coação sobre funcionário e um de ameaça agravada, tendo sido condenado por um crime de ofensas à integridade física qualificada agravado, punido com uma pena de 3 anos e 4 meses de prisão, um crime de ofensas à integridade física qualificada, com uma pena de 1 ano, um crime de ofensas à integridade física simples, com uma pena de 9 meses, um crime de ofensas à integridade física negligente agravado, na pena de 9 meses de prisão, um crime de injúria agravada, na pena de 2 meses e um crime de detenção de arma proibida, na pena de 1 ano de prisão.
Do total de 7 anos de prisão, o Coletivo de Juízes condenou John Clarke a um cúmulo jurídico de 5 anos, com a pena a ser suspensa.
A sua mãe Sharon Clarke, de 49 anos, sentou-se também no banco dos réus, acusada de um crime de injúrias agravada, tendo sido condenada a uma pena de 80 dias de multa, à razão de 5 euros/dia, no total de 400 euros.
Entre indemnizações a vítimas, serviços de saúde, segurança social, militar da GNR, John Clarke foi condenado a pagar 6.490 euros e a sua progenitora a pagar a quantia de 150 euros.
Os factos ocorreram junto ao café Riba Terges no dia 3 de outubro do ano passado, quando o arguido avistou um homem com quem tinha tido uma discussão quatro dias antes e a quem tinha ameaçado de morte, depois do cão do britânico ter ferido as ovelhas da vítima e este ter chamado a GNR.
Chegado ao junto ao café, munido de um punhal, John Clarke dirigiu-se a Joaquim Sebastião proferindo as expressões: “filho da puta, vou acabar com a tua vida” e ato contínuo avançou na direção daquele e desferiu diversos golpes na vítima. Manuel Raposo, que procurou por fim ao conflito entre os dois indivíduos foi também esfaqueado pelo arguido.
Só a pronta intervenção do então comandante do Destacamento da GNR de Beja, capitão Nuno Afonso, salvou o britânico de ser linchado pela povoação de Trindade, depois daquele ter esfaqueado as duas pessoas.
Teixeira Correia
(jornalista)
