Beja: Agente da PSP suspenso de funções pela IGAI.


O Ministério da Administração Interna (MAI) suspendeu por três meses o agente da PSP acusado de torturar cidadão ucraniano.

A ministra aceitou proposta da Inspecção-Geral da Administração Interna de suspender por 90 dias o agente acusado de torturar cidadão ucraniano na esquadra de Beja em 2019.

Segundo o jornal Público, a Inspeção-Geral da administração Interna (IGAI) propôs e o Ministério da Administração Interna aceitou a suspensão, por 90 dias, do agente da PSP de Beja acusado pelo Ministério Público do crime de tortura, tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes contra um cidadão ucraniano, afirmou a IGAI ao diário.

A suspensão do agente, que até há pouco tempo estava ao serviço no comando distrital de Beja, pode ser prorrogável por outros três meses.

Os factos imputados ao agente, decorreram no âmbito das suas funções policiais, praticados contra um cidadão ucraniano, na madrugada do dia 12 de novembro de 2019, numa artéria da cidade de Beja.

No dia seguinte, o Lidador Notícias revelava as acusações feitas pela vítima que acusou o referido agente de estar alcoolizado e de o ter agredido a pontapé cerca das 06,00 horas junto à Esquadra de Trânsito, local para onde foi levado para ser inquirido.

Aleksander Buiniakov, então com 40 anos, trabalhador da empresa alemã Conecon, que na data dos factos procedia à montagem de painéis solares em Ferreira do Alentejo, deu entrada no Serviço de Urgência do Hospital de Beja às 07,21 horas e apresenta uma fratura no braço esquerdo.

Após deixar o hospital, o que ocorreu cerca das 15,00 horas desse dia 12 de novembro, Aleksander Buiniakov acompanhado de Sílvio Isac, encarregado da empresa, dirigiram-se à Esquadra de Polícia onde formalizaram a queixa contra o agente da PSP envolvido no caso.

No passado dia 31 de janeiro, após ser conhecida a acusação, publicada na página na internet do DIAP, o comandante da PSP, Superintendente Glória Dias, disse que “quando foi formalizada a queixa na PSP e o cidadão participou a situação à sua Embaixada, no início de 2020 o Comando Distrital antecipou-se e abriu um processo disciplinar ao agente acusado. Agora vamos juntar a acusação do MP ao processo e aguardar a decisão judicial para tomar uma decisão”, concluiu.

O DIAP referiu na sua comunicação que “os autos foram parcialmente arquivados relativamente a outros factos denunciados, envolvendo diversos intervenientes” e entre estes os casos que não foram alvo de acusação do MP, estará o eventual uso da pistola de serviço, como incriminou na altura o encarregado da empresa para a qual trabalhava Aleksander Buiniakov.

Teixeira Correia

(jornalista)


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