Os votos favoráveis dos eleitos do PS, as abstenções da Coligação Democrática Unitária (CDU) e os votos contra da Coligação “Beja Consegue”, aprovaram na Assembleia Municipal o Orçamento da Câmara Municipal de Beja para o ano 2024.
O Orçamento e as Grandes Opções do Plano da Câmara Municipal de Beja para o ano 2024 foram aprovados na reunião de ontem da Assembleia Municipal, com 16 votos a favor dos eleitos do PS, 13 abstenções da CDU e 4 votos contra da Coligação “Beja Consegue”.
O orçamento de 59,5 milhões de euros, menos três milhões do que no ano passado, tinha sido aprovado na reunião do Executivo, com três votos favoráveis dos eleitos do Partido Socialista, a abstenção de dois vereadores da CDU e o voto contra do vereador da coligação “Beja Consegue”.
Nas declarações de voto, o deputado Bernardo Loff, em nome da CDU, começou por justificar que este não era o orçamento da Coligação, num Executivo que “pouco fez pelo concelho, apesar das verbas de que dispôs, mas tal deveu-se à incompetência dos vereadores responsáveis por alguns pelouros”, sustentou.
O eleito comunistas justificou que “a não aprovação do Orçamento podia levar à não obtenção de verbas do Programa 20-30 e ao rejeitar, a CDU dava oportunidade à vitimização do Executivo socialista”, rematou.
Por seu turno Bernardo Nascimento, eleito da Coligação “Beja Consegue”, começou por acusar PS e CDU por serem “os responsáveis da estagnação do concelho. A CDU emitiu um comunicado onde dizia que votava contra e absteve-se por causa de mais 90 mil euros para as freguesias”, justificou.
Mas os ataques do eleito da coligação de direita à CDU não se ficaram por ali e afirmou: “a decisão da CDU mostra o estado em que está esta coligação, tanto a nível nacional e regional, num pântano”, rematou.
O presidente da autarquia de Beja começou por lembrar aos deputados que “antes de estar neste lugar estive 20 anos, 5 mandatos e 4 presidentes, no vosso lugar e só duas vezes votámos contra o orçamento”, defendendo que a abstenção solidariza com o bom e o mau que foi feito, enquanto que o voto contra desresponsabiliza da governação”, concluiu.
Paulo Arsénio agradeceu à Coligação “Beja Consegue” a abstenção na votação de 2022 e que permitiu: “a duplicação de verbas ao movimento associativo e cultural, o lançamento dos concursos das Estradas Municipais 511 e 513, a aquisição de imóveis no âmbito da Estratégia Local de Habitação (ELH), efetuar as obras da EM529 e a apresentação do projeto do Flávio dos Santos em análise na Federação Portuguesa de Futebol”, justificou.
Quanto à abstenção este da CDU, o Presidente da edilidade defendeu que: “permite fazer com que as Juntas de Freguesia recebam mais 22%, a aprovação da ELH-2ª fase e o arranjo paisagístico da envolvente do novo Palácio da Justiça e a requalificação das Piscinas Municipais Cobertas, disse.
Recorde-se que o orçamento de 2023, foi além dos 62 milhões de euros, superior em 20 milhões euros ao do ano anterior e foi o maior desde que o PS regressou ao poder na Câmara de Beja na liderança de Paulo Arsénio.
Teixeira Correia
(jornalista)