“Coluna dos Cravos Encarnados – Ramo da Liberdade” é um Projeto de Investigação Histórica entrelaçado com Poesia. Objetivo – juntar 50 Cravos Jornalísticos por intermédio de uma Composição de Textos escritos por Isalita Pereira, Secreta Poeta.
Porém a Apresentação é oferecida ao Mundo do Jornalismo. Cada Participante escolhe a respetiva Publicação a condizer com o Ser do Jornal.
Ao longo do Projeto o Ramo da Liberdade recebeu inéditos e exclusivos “Quadros de Homenagem aos Capitães de Abril”. Um Ramo com singulares e personalizadas Flores da Revolução. Mas – a Vida é estranha e por vezes surpreende com “Gestos” de Palavras que comovem. No Presente Caso aconteceu algo tão inesperado que parece mais uma História Imaginada do que um Ato da Realidade. Pertence às pequenas grandes Histórias da Vida, que faziam Pena se Ninguém as contasse:
O Jornal o Lidador Notícias, a fim de realçar a Poética Faceta do Projeto, decidiu, em vez de um Texto em Prosa, dedicar e oferecer um Poema para o Ramo. Poema, que modestamente e com Elevada Consideração entrelacei com a escrita do Projeto, o que afirmou a Individualidade de cada oferecido Cravo Encarnado.
Cravo da Coragem –
Pax Julia –
“Que outros triunfem onde nós fomos vencidos”
(João Varela Gomes)
Um Cravo outro ofereceu.
Novo Poema nasceu.
Do Passado contou.
O Presente se adicionou.
Estranha é a Vida.
Com atenção requer ser seguida.
Se Pax Júlia soubesse falar –
Muito História sabia contar.
Viveu Requiem e Glória.
Um Tesouro de Palavras na Memória.
Um Coração a bater.
Um Livro de Saber e Viver.
É Cidade antiga.
No Silêncio –
Entoa sua Cantiga:
“Primeiro Capitão de Abril” conheceu.
Frase para a eternidade cedeu.
“Que outros triunfem onde nós fomos vencidos.”
Quem um dia a Injustiça viu –
A Consciência com Coragem decidiu.
1 de Janeiro de 1962 –
Revolta de Beja aconteceu.
Porém – infelizmente não venceu.
O Assalto ao Quartel falhou.
A Ditadura até ao 25 de Abril de 1974 continuou.
Apesar da Ouverture em Menor tocada.
Merece ser recordada.
1961/62 – Em Beja o Golpe falhou.
A noite era de temporal
Chuva, vento, troveja
Foi um 25 de Abril adiado
A “Intentona de Beja”
No início dos anos sessenta
No quartel de Vale d’Aguilhão
Ainda longe de Abril
No assalto liderou um Capitão
Nascido na cidade de Beja
Varela Gomes se chamava
Comandou duas dezenas de homens
E a sua pistola empunhava
Na noite de São Silvestre
No Regimento Infantaria 3 (três)
Revoltosos contra Salazar
Atiraram no major Galapez
Vinte militares e civis
Empreenderam com determinação e coragem
Uma tentativa de golpe de Estado
Visando por Salazar “na aragem”
Delgado sem ter aparecido
O golpe teve o seu dedo
Regressou então ao exílio
E continuou “General sem medo”
Soares, Presidente da República
Disse-o sem grandes desplantes
“se não fosse um tal Calapez
o 25 de Abril seria 15 anos antes”
Deixaram Legado de Coragem.
Para sempre Histórica Mensagem:
“Que outros triunfem onde nós fomos vencidos”
Não foi “Capitão de Abril”.
Porém –
Construiu Caminho para a Revolução Primaveril.
Após o “General sem Medo” –
A Vida escolheu “Capitão sem Medo”:
Capitão Fernando José Salgueiro Maia.
Deixou Palavras para a História.
Para sempre na Memória:
“… o estado que chegámos ….
… vamos para Lisboa e acabamos com isto… “
Com os Capitães de Abril a hora chegou.
O que Beja começou – Lisboa ganhou:
A Ditadura conheceu Finalidade.
A Revolução de Abril conquistou Liberdade.
Da Coragem a futuras Gerações contar.
Com Coluna dos Cravos os Heróis homenagear.
Aos Capitães de Abril Glorioso Louvor oferecer:
A Conquistada Liberdade –
O Mundo jamais vai esquecer:
25 de Abril de 1974 –
Um Dia muito especial.
Somente existe em Portugal.
Capitães de Abril –
Suas Vidas arriscaram.
Com Coragem –
Liberdade da Ditadura salvaram.
Jovens – Não olharam à idade.
Atuaram com Honra e Humildade.
Com Orgulho recordar o Passado.
Ao Mundo contar o seu Fado:
Cavaleiros, Heróis e Guardiães –
Espingarda com Cravo,
para sempre Nossos Capitães.
25 de Abril de 1974,
Revolução dos Cravos
FIM
Publicação Lidador Notícias & Isalita Pereira – Secreta Poeta